O prefeito Rafael Greca (DEM) deu uma declaração polêmica envolvendo os então 854 mortos por covid-19 em Curitiba. Em uma entrevista ao jornalista João Ribeiro, da cidade de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, Greca afirmou que os 854 mortos o abençoam e agradecem seus momentos finais sem agonia. O número de mortes por covid-19, porém, atualmente chega a 916, segundo boletim mais recente deste domingo.
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“Temos 854 mortos. Tenho certeza que do outro lado do caminho eles nos abençoam. Agradecem que seus momentos finais não foram de agonia nem de padecimento, mas foram de conforto e a eles nada faltou”, disse o prefeito, referindo-se ao atendimento prestado às vítimas da doença nas UTIs da cidade. “Não quero que ninguém padeça por falta de atendimento, que ninguém morra sem socorro, sem respirador, sem conforto da anestesia e sem o carinho das equipes de saúde”, ressaltou.
Bar x transporte público
Greca ainda comparou o transporte público com bares e baladas. Segundo ele, os ônibus não foram fator de transmissão. “Só 70% das pessoas que andaram de ônibus apareceram com sintomas de covid-19. O pior é o piá e a menina que vão na balada, em um ambiente fechado, depois transmitindo a doença em casa. O bar é muito ruim a balada é muito ruim. Não estamos de férias”, disse. Sobre o transporte público, a prefeitura de Curitiba segue a sanitização dos coletivos com ajuda de soldados do Exército Brasileiro.
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Sem hospital de campanha
Sobre as decisões tomadas pela prefeitura de Curitiba contra a covid-19, uma das melhores, segundo Greca, foi a não contratação de um hospital de campanha, que chegou a ser cogitado e até projetado para Curitiba. “Não caímos no canto das sereias de comprar um hospital de campanha. Abri hospitais de verdade”, disse. O Instituto de Medicina e Cirurgia do Paraná foi um dos espaços adaptados para receber pacientes de covid-19.
Como ficam as aulas municipais
O prefeito ressaltou que seguirá online por mais um tempo, o sistema online de aulas. “Não há segurança sobre o que acontece com as crianças. A maioria deles é transmissora assintomática. Isso significa professores, vovôs, vovós, pais e mães doentes”, afirmou Rafael Greca.
Confira a entrevista feita pelo jornalista João Barbieiro