Morto no Abranches foi diretor do Grupo Dignidade

Gabriel Henrique Furquim, 31 anos, cruelmente assassinado no Abranches, na madrugada de domingo, era militante do movimento homossexual e foi diretor do Grupo Dignidade, organização não-governamental que luta pelos direitos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis (LGBT) e de portadores do HIV.

Em nota à imprensa, a ONG lamentou a morte do ex-funcionário e cobrou resposta da polícia para o crime. Gabriel ingressou no Grupo Dignidade em 1998 e atuou pela causa LGBT e de soropositivos até maio de 2006, participando de conferências e conselhos de saúde.

“Enquanto defensores dos direitos humanos, teremos o compromisso de cobrar das autoridades competentes a elucidação do assassinato do Gabriel”, declarou a atual presidente do Dignidade, Rafaelly Wiest.

Briga

Gabriel foi visto pela última vez saindo de uma boate na capital. Horas depois, foi encontrado morto às margens da Rodovia dos Minérios, quase divisa com Almirante Tamandaré, onde morava.

A Polícia Militar informou que foi chamada para atender a uma denúncia de briga no local, mas quando chegou o rapaz estava morto, com ferimentos pelo corpo, principalmente no pescoço.

O delegado Hamilton da Paz, titular da Delegacia de Homicídios, disse ontem que várias hipóteses são investigadas. “Pode ser o fim de um relacionamento amoroso, vingança ou latrocínio (roubo seguido de morte). Não descartamos nada”, disse.