Em seu último dia de vida, Anderson dos Anjos, 23 anos, parecia nervoso, como se previsse o que iria acontecer. Ele foi assassinado a tiros no fim da tarde de quinta-feira, no terreno da casa de sua namorada, na Rua Maria Moreira Frotte, Cachoeira. Antes de ser morto, o rapaz ainda tentou lutar com seu rival. Foi durante a briga que levou os tiros.
A namorada de Anderson, de 17 anos, contou que à tarde, tinham passado na casa de Anderson, mostrar à mãe dele o bebê de seis meses da adolescente. Depois, foram conversar com amigos pelo bairro e seguiram para a casa dela.
Não cinco minutos que eles tinham chegado e estavam sentados no pátio, quando dois rapazes apareceram e Anderson mandou a namorada entrar na casa. Ela obedeceu e não viu exatamente o que houve.
Luta
Segundo levantou o soldado Oliveira, do 20.º Batalhão da Polícia Militar, um dos rapazes deu um primeiro tiro contra Anderson, mas não acertou. Entraram em luta corporal, rolaram por um barranco e caíram no quintal da casa vizinha. Lá, a vítima foi dominada e assassinada.
Os marginais fugiram a pé. A adolescente disse que não conhecia os rapazes que entraram em sua casa. Nervosa, também não soube descrevê-los fisicamente, nem dizer as roupas que usavam.
Ontem, completariam um mês de namoro. “Ele passou o dia estranho. Estava mais agitado, bastante pálido”, contou a jovem. Anderson não trabalhava nem estudava e morava com a mãe, a três quadras da casa da namorada.