Morto a facadas depois de comer um espetinho

Ser encrenqueiro pode ter custado a vida de Márcio Adriano de Oliveira, 24 anos, na Vila Leão, Novo Mundo. Pouco antes das 21h de ontem, ele comia um espetinho perto de casa, quando foi atraído por rapazes até a Rua Irene de Oliveira Correia esquina com a Rua Celina Posselt Mansur, onde foi assassinado.

Apesar de a própria polícia ter ouvido tiros, socorristas do Siate afirmaram que o rapaz foi morto a facadas no peito e barriga. Há oito anos, Márcio matou seu pai também a facadas, conforme contou a irmã da vítima, Juliana, 21 anos.

Ontem, ela lanchava com o irmão, quando os moradores da vila se aproximaram. Um deles até pagou o espetinho para Márcio e, em seguida, convidou-o para tomar “tubão” ali perto.

Márcio, cujo apelido é “Boca Rica” porque tinha um dente de ouro, despediu-se de Juliana e acompanhou os rapazes por cerca de uma quadra. Poucos minutos depois, foram ouvidos os tiros.

A soldado Luciane, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, disse que a equipe ouviu os disparos. “Pode ser que os assassinos atiraram para comemorar a morte dele”, contou a soldado. Ela disse ainda que recebeu a informação que a vítima estaria armada e foi vista ameaçando um homem no local.

Pai

Juliana revelou que o irmão matou o próprio pai, José de Oliveira, quando era adolescente. “Foi legítima defesa. O pai era muito violento”, justificou a jovem. Márcio, segundo ela, não usava drogas, mas, quando bebia, costumava ficar violento e vivia arranjando confusão na vila.