Duas mortes por leptospirose em Campo Largo deixaram os moradores em alerta. Os óbitos são investigados pela Vigilância Epidemiológica do município. Há relatos que as vítimas tiveram contato com ambientes com ratos, segundo a prefeitura. Estas mortes ainda não foram computadas pela Secretaria da Saúde (Sesa), que registrou quatro óbitos neste ano por leptospirose: duas em Curitiba, uma em Almirante Tamandaré e outra em Ponta Grossa. Foram confirmados 161 casos somente neste início de ano, contra 201 notificações e 21 mortes em 2012. Os números são menores em relação a 2011, quando a Sesa registrou 432 casos e 55 mortes.
A bactéria que causa a doença está na urina de ratos. A leptospirose tem seu período crítico nos primeiros meses do ano por causa do volume de chuvas, segundo Lenora Rodrigo, médica da Divisão de Saúde Ambiental da Sesa. As fortes chuvas podem causar enxurradas e alagamentos, quando a urina dos ratos se mistura à água. Todos que tiveram contato com água ou lama após enchentes devem ficar atentos. “Tudo tem que ser muito bem limpo e desinfetado com água sanitária. A limpeza deve ser feita com sapatos fechados ou botas e luvas”, alerta Lenora.
Doença
Os sintomas da doença são febre alta repentina, dores musculares (especialmente nas pernas), dor de cabeça, náuseas e vômitos. A doença pode evoluir para complicações renais e pulmonares. Ao procurar o médico, o paciente deve citar se teve contato com alagamentos.