Alif do Nascimento Pinheiro, de 22 anos, é a quarta vítima fatal do acidente que acabou com outros três jovens mortos no final da madrugada deste domingo (31). A colisão aconteceu na esquina das ruas Vicente Micheloto e Desembargador Cid Campêlo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e uma soma de erros é o foco de investigação da Polícia Civil, que quer confirmar a suspeita de um racha.

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Patrick Cristian Vezentin, de 22, Matheus Roberto dos Anjos, de 18, e Rafaela Vizoto, de 19, morreram na hora. Todos estavam em um Peugeot 307 e, segundo testemunhas, o veículo trafegava em altíssima velocidade.

Matheus tinha apenas 18 anos. Foto: Reprodução/Facebook.

Além dos três que morreram na hora, outros três jovens foram encaminhados aos hospitais Evangélico, Cajuru e Hospital do Trabalhador. O corpo de Alif foi recolhido do Hospital Evangélico ainda na tarde de domingo pelo Instituto Médico-Legal (IML). Os outros dois jovens, Matheus de Oliveira, 20 anos, foi encaminhado ao Hospital Cajuru, e Alisson Cassiano Sartori Zacarias, 19, ao Hospital do Trabalhador. Segundo a polícia, o estado de saúde dos dois rapazes é gravíssimo.

Festa fatal

Conforme apurou a Tribuna do Paraná, os jovens voltavam de uma festa. Depois de bater em outro veículo no cruzamento das vias, o Peugeot colidiu contra um poste, se partiu ao meio e derrubou um muro.

Rafaela Vizoto também estava no carro. Foto: Reprodução/Facebook.
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Segundo a Polícia Militar, o estrago foi tamanho, que o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) precisou confirmar o modelo do carro pela placa, dado o estado que o automóvel ficou. Há inclusive a informação de que o motor do carro acabou dentro de uma casa próxima.

Soma de erros

A Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) já investiga o acidente e o delegado Anderson Cássio Ormeni Franco consegue apontar pelo menos quatro irregularidades. “O que nós temos, até agora, é que o Patrick, que dirigia o veículo, não tinha habilitação. Além disso, o carro era baixado pelo Detran, ou seja, não poderia estar em circulação. O fato de estarem em seis no carro também está errado”, explicou.

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O quarto erro, que é o consumo de bebida alcoólica pelo motorista, também continua sendo apurado. “Quanto a isto, nós dependemos do resultado do exame de necropsia, que vai apontar se ele estava ou não alcoolizado. Fora isso, o excesso de velocidade também vai ser apurado pela perícia do Instituto de Criminalística”.

Patrick dirigia o veículo e, segundo a polícia, não tinha habilitação. Foto: Reprodução/Facebook.

Segundo o delegado, os indícios de que um racha tenha sido o motivo da colisão ainda estão sendo apurados. “Recebemos essas informações e estamos em fase de investigação. Nossa intenção é descobrir se tem ou não outro veículo envolvido e, caso tenha, identificar o motorista”, explicou Anderson Franco.

O que vai indicar, aos policiais da Dedetran, a dinâmica do acidente é o laudo do Instituto de Criminalística. O documento, que pode levar aproximadamente um mês para ficar pronto, é o que deve ser usado para detalhar as investigações.

Sobre o passado dos jovens, a polícia já descobriu que Patrick tinha passagem por trafico de drogas. Ele foi preso em 2013. Os outros envolvidos, ao que tudo indica, não tinham antecedentes criminais.

Comoção

Nas redes sociais dos quatro jovens que morreram, são várias as postagens dos últimos momentos juntos em um bar na região do Portão. Também já são inúmeros os comentários de amigos e conhecidos lamentando o acidente. Em um deles, um rapaz conta o que viu. “Vi o local do acidente, 307 irreconhecível. Meus sentimentos aos familiares”.

Carro ficou completamente destruído. Foto: Colaboração.