Morreu na tarde de terça-feira (8), em Curitiba, a escritora e professora Chloris Casagrande Justen. Ela estava internada no Hospital Santa Cruz devido a uma infecção urinária. O velório é realizado desde às 10h desta quarta-feira (9) na Capela 2 do Cemitério Municipal Água Verde, onde será realizado o sepultamento, nesta tarde, às 17h.
Chloris nasceu em 1923. Discípula de Erasmo Pilotto, um dos educadores mais importantes do Paraná, formou-se em Pedagogia pela Universidade Tuiuti do Paraná. Ao longo de sua jornada acadêmica, colecionou títulos no Brasil e fora do país, como o diploma do Instituto de Desenvolvimento do Potencial Humano, nos Estados Unidos, onde formou-se na escola de Child Brain Development.
Antes de se graduar em Pedagogia, Chloris se formou professora no Instituto de Educação do Paraná, instituição onde passou muitos anos exercendo diversos cargos, incluindo o de diretora-geral. Como professora, ministrou aulas na rede estadual de ensino do Paraná, do primário ao curso superior.
A carreira de professora e administradora a levou a cargos importantes no estado, como de presidente do Conselho do Magistério e vice-presidente do Conselho Estadual de Educação. Ela ainda participou da implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente no Paraná.
LUTO – Falecimentos em Curitiba; Obituário desta quarta-feira (09)
Em paralelo às funções de professora, Chloris se engajou em iniciativas culturais, como teatro e música, além da literatura, uma de suas paixões. Com as palavras, tornou-se uma das poetas mais conhecidas da cidade, sendo uma espécie de declamadora oficial de poesias de Curitiba por muitos anos. O talento como escritora a levou a ser a terceira mulher a entrar para a Academia Paranaense de Letras (APL) e a primeira a presidir a entidade por duas gestões.
“Chloris Casagrande Justen deixa seu nome associado a um período de vigor e prestígio da Academia Paranaense de Letras, a qual muito deve a seu espírito empreendedor, ao seu entusiasmo pelas causas culturais do Paraná e à sua presença acolhedora e incentivadora nos momentos em que colocou seu nome e sua ação em favor da cultura e da literatura de nosso estado”, manifestou a APL em nota.
Chloris Casagrande Justen era viúva do desembargador Marçal Justen, falecido em 1978 O casal teve três filhos: Marçal Justen Filho, Liana Márcia Justen e Chloris Elaine Justen de Oliveira.