"Olha nossa rua"

Moradores de área nobre de Curitiba criam placa com apelo ao Greca

Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná.

Moradores de uma região do Mossunguê, em Curitiba, estão descontentes com os buracos e remendos do asfalto e com a falta de calçadas para pedestres em alguns locais. O problema é relatado nas movimentadas ruas Paulo Gorski e Eduardo Sprada, que são importantes ligações com outros bairros.

Além dos remendos nas pavimentações, as vias também são estreitas, com apenas uma pista em cada sentido, o que pode deixar perigosa a passagem de pedestres e ciclistas. De acordo com os relatos, os maiores problemas estão nos trechos da Rua Paulo Gorski, entre as ruas Eduardo Sprada e João Alves de Deus e na Rua Eduardo Sprada, a partir da esquina com a Paulo Gorski até uma ponte que fica na própria via.

Morador da Rua Paulo Gorski e próximo da Rua Eduardo Sprada, Jorge Rubens Pfutzenreuter diz que esse é um problema antigo.

orge Rubens Pfutzenreuter. Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná.

“A Paulo Gorski tem muito movimento. Por exemplo, você não consegue caminhar. Mais de 50% da rua não tem calçada. Só fazem remendo [no asfalto] e aqui tem muito movimento, principalmente pela Eduardo Sprada, que também tá horrível a rua. E tem muitas escolas. O acesso é extremamente ruim. Eu já mandei e-mail para prefeito, já mandei e-mail para Secretaria de Obras, para aplicativo da prefeitura. Assim, vários e vários. Só pra você ter uma ideia, há mais de dois anos eu faço isso e nunca ninguém fez nada”, reclama Pfutzenreuter.

Cansado da situação e de não ver resultado pelos canais convencionais, o morador resolveu colocar placas na própria residência para chamar atenção para o problema, na esperança de ver algum resultado positivo. Veja:

“Na primeira vez que eu coloquei essas placas, três dias depois eles estavam fechando os buracos. Depois, nunca mais. Ai teve uma vez que eu coloquei a placa em uns postes. Passou uns dias, veio um carro da prefeitura e arrancou. Acho assim, é uma rua que tem muito movimento porque ela é uma ligação entre a Eduardo Sprada, a Monsenhor Ivo Zanlorenzi e a Professor Pedro Viriato Parigot de Souza. Então todo mundo passa por aqui”, diz.

Apreciador de uma boa caminhada, o morador reclama que não consegue exercer a atividade porque faltam calçadas na região. Ele conta que em alguns trechos tem, outros não. Por isso, quem quer continuar andando na calçada precisa atravessar a Paulo Gorski seguidamente.

“Você caminha aqui, anda uns 200, 300 metros, tem que atravessar a rua porque acaba a calçada aqui. Tem risco de acidente. Depois anda mais um pouco, tem que atravessar a rua de novo. E aqui tem muita gente, condomínios, prédios. Eu acho um descaso”.

Comentando que o valor do IPTU é exorbitante na região, Pfutzenreuter se pergunta onde estão os serviços de melhoria da prefeitura. “Já vi gente caindo quando caminha. […] Quando você constrói, a prefeitura te obriga a fazer o calçamento, por que não obriga as outras pessoas a fazerem?”, questiona.

Victor Kieski de Souza. Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná.

O problema das calçadas é confirmado por Victor Kieski de Souza. Como mora e trabalha na região, ele explica que passa todos os dias a pé ou de bicicleta pelas ruas Paulo Gorski e Eduardo Sprada. E nesses trechos, seja andando ou pedalando, o trajeto se torna um desafio.

“Você precisa passar no meio dos carros para passar de bicicleta. A pé [é ruim] também. Tem uma parte da Eduardo Sprada que você tá andando e tem um poste no meio. É horrível, é tudo assim. Ali [Paulo Gorski] podia ter uma calçada pra gente passar e não tem”, conta.

Souza revela que tem receio de ser atropelado. Ele mora na região há cerca de cinco anos e confirma que sempre foi assim.

Asfalto ‘colcha de retalhos’

Moradora de um prédio na Rua Eduardo Sprada há um ano e meio, Larissa Lima de Oliveira conta que sempre sai de carro e reclama das condições do asfalto na região: ”trânsito intenso e as ruas estão muito esburacadas”.

Ela relata que como as ruas são estreitas, é difícil desviar de um buraco sem invadir a pista contrária e correr o risco de encontrar um veículo na outra direção. “São muitos buracos, tudo remendado. Você vai balançando, ai você desvia de um [buraco], mas tá vindo carro [do outro lado]. Então você acaba realmente passado em cima dos buracos”, afirma.

E aí, prefeitura?

Procurada pela reportagem da Tribuna do Paraná, a Prefeitura de Curitiba informou, por meio de nota, que estão sendo realizados estudos no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) para “viabilizar melhorias na segurança e trafegabilidade dos pedestres, ciclistas e transporte coletivo nas ruas Eduardo Sprada e Paulo Gorski.”

Sobre a situação do asfalto, a prefeitura também falou que a Rua Eduardo Sprada recebeu obras de manutenção ao longo de 7 quilômetros da via nos últimos anos.

“A primeira etapa das obras de manutenção do pavimento foi numa extensão de 4 km no trecho entre a rua João Dembinski e o Passaúna, na divisa de Curitiba com o município de Campo Largo. O segundo trecho recuperou 1 km do asfalto entre as ruas João Dembinski e Professor João Falarz. Completando o eixo viário, mas no sentido Centro, a via também recebeu manutenção nos trechos onde muda de nome para Avenida Nossa Senhora Aparecida (Campo Comprido) e Rua Bispo Dom José (Batel), onde foram implantados mais 2 km de novo pavimento”, diz nota.

Manutenção das calçadas é dever do morador, diz prefeitura

Já sobre a falta de calçadas ou estado ruim de conservação, a Secretaria Municipal do Urbanismo (SMU) de Curitiba explicou que a implantação, conservação e manutenção dos imóveis são deveres do proprietário, mesmo que o imóvel não esteja sendo utilizado.

Quem notar irregularidades, pode denunciar a situação para a prefeitura. “A SMU realiza a fiscalização a partir de demandas da população feitas à Prefeitura e por meio da Central 156 (via aplicativo, site ou telefone) e orienta que a população não descarte entulhos em terrenos baldios”.

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