Finalmente, as obras de pavimentação da Rua Ludovico Kaminski, na CIC, estão quase concluídas. O trabalho começou na primeira semana de janeiro, após anos de muita reclamação de moradores que já não aguentavam mais o poeirão que formava no trecho entre as ruas Regina Tisser Stier e Sergio Roberto Garbosa.

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Na última sexta-feira (8), com o asfalto já concluído, a prefeitura de Curitiba informou que foram feitas as pré-marcações para a pintura da sinalização horizontal. A sinalização completa está prevista para ser colocada ao longo desta semana. Como informou a Tribuna do Paraná no início do ano, a conclusão era mesmo prevista para este mês de maio.

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Segundo a Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop), a Lodovico Kaminski recebeu pavimento asfáltico e infraestrutura de drenagem em um trecho de 1.053 metros. As obras de pavimentação e drenagem começaram no dia 6 de janeiro e foram concluídas em 4 de maio. Com o fim das obras, o novo trecho asfaltado da Lodovico se liga ao restante do trecho que segue até o Terminal Caiuá.

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Para os moradores daquela área, cerca de 10 famílias, o fim da poeira já significou poder abrir a janela de casa sem preocupação. “Já está sendo um alívio há umas duas semanas, quando entraram na parte final das obras”, disse a professora Marilei Dibax, 42 anos, que convivia com a poeira desde que nasceu e já havia conversado com a Tribuna na reportagem anterior.

O pai dela, Vicente Dibax, 73 anos, não vê a hora de testar o asfalto novo. Ele é caminhoneiro e, por causa da pandemia de coronavírus, está em isolamento social, em casa, há quase dois meses. “Tem que colocar o Mercedes para rodar e ver se ficou bom”, brincou Dibax.

Preocupação agora é outra

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A animação da família com o fim da obra é visível, mas a velocidade com que os veículos já estão passando por ali, em frente à casa deles, traz uma nova preocupação. “Tem que pintar logo o asfalto, de preferência com faixa contínua para desestimular ultrapassagens, colocar lombadas e instalar placas que indiquem trabalho agrícola”, cobra seu Vicente.

Seu Vicente Dibax, 73 anos: feliz com o asfalto, mas preocupado com a velocidade que os carros vão passar na rua Lodovico Kaminsk. Foto: Lineu Filho / Tribuna do Paraná

Marilei contou que as famílias da região costumam fazer plantio, por isso a necessidade de sinalização vertical adequada. “Tem que ter. Circulam máquinas por aqui”.

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A família Dibax também se mostrou preocupada com as crianças que circulam no local. “É preciso orientar os motoristas”, ressalta Marilei.

Outra reclamação é com relação ao lixo deixado pelos trabalhadores da obra no entorno das casas. As embalagens de alguns materiais tiveram que ser recolhidas pelos próprios vizinhos no fim de semana. “Meu filho juntou bastante coisa. Mas ainda dá para ver os plásticos nas laterais do meio-fio”, finalizou Vicente Dibax.

Outubro de 2018

Há cerca de um ano e meio, uma das faixas pregadas em portões e cercas da Rua Lodovico Kaminski dizia: “Senhor Prefeito, queremos que o direito de ir e vir seja respeitado”. Na época, a reportagem da Tribuna foi até lá e os moradores contaram que estavam cansados de conviver com buracos, pó e muita lama nos dias de chuva, por isso resolveram apelar.

Faixa pedindo asfalto em 2018: poeira na Rua Lodovico Kaminski acabou. Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná / Arquivo

Além das faixas, foram feitos abaixo-assinados e protocolos pedindo que o sonho do asfalto fosse realizado. Por meio da Secretaria Municipal de Obras, naquele ano, a prefeitura informava que um estudo técnico e financeiro seria feito no local e que a previsão para a pavimentação era o ano de 2019. 


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