Moradores brincam de “ponte do rio que cai”

Ninguém caiu ainda, mas o risco é constante em três dos quatro pontilhões de madeira sobre o córrego que ocupa boa parte da extensão da Avenida Pero Vaz de Caminha, no Tatuquara. Quem faz a travessia diariamente diz que espera há meses pelos reparos, mas reconhece que o vandalismo contra os pontos de travessia só agravam a situação.

A costureira Maria Lúcia Jacomassi Silva mora há 16 anos na Rua Ieda Cristina Ribeiro, que cruza a Avenida Pero Vaz de Caminha, e explica que as más condições dos pontilhões são crônicas. “Viraram esconderijos de drogas. Acho que as pontes são danificadas pelos larápios”, aponta. Ela reclama que junto com a dificuldade de atravessar a Avenida, enfrenta o barro e o pó da rua onde mora. “A minha rua (Ieda Cristina Ribeiro) foi a única que não recebeu pavimentação. Estou colocando minha casa para vender por conta desse descaso”, lamenta.

Insegurança

O vendedor José Cardoso de Paula também passa de um lado para o outro da avenida, várias vezes ao dia, usando os pontilhões. “Nunca caí ou vi alguém cair, mas é arriscado. Se desequilibrar, não tem onde apoiar”, conta. Ele diz que além da falta de segurança para atravessar o córrego, há o problema da sujeira jogada nas águas. “É região de manancial. A prefeitura deveria dispor de projeto digno para a região que garantisse mobilidade, sem descuidar do meio ambiente”, sugere.

Promessa de reparos

A Secretaria Municipal de Obras (SMO) foi procurada pela reportagem e se comprometeu de fazer reparos emergenciais no pontilhões até o início da próxima semana. Quanto à realização de projeto que traga solução definitiva, a secretaria diz que está em análise e depende de dotação orçamentária. E a pavimentação da Rua Ieda Cristina Ribeiro não foi prevista pela gestão passada, nem consta no orçamento deste ano.

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