Um morador de rua que tentava abandonar o vício do crack acabou morto com golpes de paralelepípedo na cabeça, no terreno em que dormia, em Fazenda Rio Grande.
Vizinhos ouviram muitos cães latindo durante a madrugada. Por volta de 7h30, olharam do muro de uma casa para o terreno, e perceberam que um homem estava morto. Eles acionaram a Polícia Militar, que não localizou o corpo por falta de referências.
Eles ligaram novamente para a polícia às 10h30, explicando que o cadáver estava no final de um carreiro repleto de entulhos, dentro do terreno que fica na Rua do Cedro, perto da Avenida das Araucárias, no Jardim Eucaliptos. O homem, conhecido como “Marcelinho”, tinha aproximadamente 35 anos e foi atingido por golpes de dois paralelepípedos na mão esquerda e na cabeça. Ele vestia calça jeans, camiseta bordô e blusa de moleton preta.
As pessoas que moram no entorno do terreno relataram à polícia que o proprietário já tentou tudo o que era possível para afastar os moradores de rua e usuários de drogas do local, mas não conseguiu. Eles frequentam o terreno há pouco mais de seis meses.
“Marcelinho”, segundo a vizinhança, era diferente dos outros viciados. Ele orientava os pais a manterem as crianças longe do terreno, alegando que elas não deviam vê-los usando drogas. Pelo carinho que demonstrava, e pelas tentativas de abandonar o vício, ao contrário dos outros que roubavam para conseguir dinheiro para comprar drogas, ele era benquisto por todos. Por este motivo, ninguém sabe o que pode ter motivado o homicídio.