Depois de mais de dois meses do anúncio, em 27 de maio, de que o novo pedágio do Paraná não seria mais licitado pelo modelo híbrido, proposto pelo Governo Federal, e sim pelo modelo de menor tarifa com o pagamento de aporte financeiro como garantia, o Governo do Paraná e o Ministério da Infraestrutura, enfim, chegaram a um acordo sobre a curva de aporte que será exigida no leilão. O novo modelo preverá três níveis de aporte financeiro, que serão exigidos das concessionárias, progressivamente, a cada ponto percentual de desconto oferecido no leilão, partindo já do primeiro desconto oferecido à tarifa. A conclusão das negociações foi informada, em nota, pelo Ministério da Infraestrutura. O anúncio oficial do modelo foi marcado para a próxima quinta-feira (05).

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Desde o anúncio da mudança do modelo, considerado uma vitória política do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) sobre o ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas, ao convencer, diretamente, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a alterar a modelagem, técnicos do governo do Paraná e do Ministério trabalhavam na elaboração de uma curva de aporte: o valor em dinheiro que será exigido da concessionária para cada ponto percentual de desconto oferecido.

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Ambas as partes concordaram com uma curva progressiva, começando com valores mais baixos nos primeiros pontos percentuais de desconto e aumentando exponencialmente para descontos mais agressivos. Houve consenso, também, de que a cobrança do aporte deveria ser iniciada já a partir do primeiro real de desconto oferecido, embora, no modelo híbrido, o desconto máximo de 17% poderia ser alcançado sem nenhuma contrapartida financeira por parte das empresas.

O grande impasse, no entanto era que a proposta do governo federal previa apenas dois níveis de aporte: um valor inferior a R$ 20 milhões por ponto percentual até se atingir 10% de desconto e um valor acima de R$ 100 milhões por ponto percentual a partir dos 11%. Pelo projeto do governo federal, o desconto de 17%, referência por ser o índice previsto no modelo anterior, estaria condicionado a um desembolso superior a R$ 1 bilhão por parte da empresa. O Governo do Paraná apresentou uma proposta de curva com quatro degraus: com pontos de partida e de chagada iguais aos propostos pelo governo federal, mas com dois níveis intermediários entre 10% e 15% de desconto e entre 15% e 17%. Com esse desenho, o desconto de 17% custaria cerca de R$ 400 milhões à empresa proponente.

Pelo acordo firmado entre as partes, foi acertado, segundo fonte do Ministério da Infraestrutura, três níveis de aporte: até os 10%, dos 11% aos 17% e a partir de 18%. O modelo indicaria a necessidade de um aporte entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões à concessionária para chegar aos 17% de desconto. Nesta quarta-feira (04) o novo modelo do pedágio foi detalhado aos deputados estaduais paranaenses.

A reportagem completa e mais informações sobre o pedágio no Paraná você confere na coluna do jornalista Roger Pereira.

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