Um caso de desaparecimento teve um final trágico em Campo Magro, na região metropolitana de Curitiba (RMC). A jovem Larissa Ferreira da Costa, que completaria 21 anos na próxima quarta-feira (22), saiu para procurar emprego, mas não voltou mais para casa. Quatro dias depois, na madrugada de domingo (12), um mistério: ela apareceu sem roupas, com um ferimento de faca no pescoço e sinais de queimadura por todo o corpo. Gritando por socorro, Larissa foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
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O drama e as dúvidas da família de Larissa, que estava desesperada atrás de informações, teve uma reposta triste por volta das 21h30 desta quarta-feira (15), quando o Instituto Médico Legal (IML) confirmou a identidade da jovem após exames realizados em suas digitais. Agora, os familiares clamam por justiça e cobram as autoridades para que encontrem a pessoa que cometeu esse crime brutal contra ela.
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“Disse que iria para uma entrevista”
Larissa morava com a família no bairro Tanguá, em Almirante Tamandaré, quase divisa com Santa Felicidade. Segundo o irmão, Alex Ferreira, ela era muito caseira e não saía de casa, cuidava dos pais e tinha um bom relacionamento com a família. Desemprega há aproximadamente um ano, ela havia conseguido uma entrevista de emprego em uma loja de departamentos no sábado (11), um dia antes de desaparecer.
“A câmera de segurança do vizinho registrou ela saindo de casa por volta das 8h50, com uma calça preta, blusa vermelha, blusa azul com detalhes em vermelho e branco. Ela falou para minha mãe que tinha uma entrevista na CIC. É muito caseira, não sai de casa. No domingo chegamos ir ao IML, pois recebemos a informação de que uma moça havia morrido no hospital, mas como o corpo estava com queimaduras e inchado, não reconhecemos na hora”, explica Ferreira.
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A mãe chegou a conversar com a filha após ela ter saído de casa. Larissa disse que estava bem e que aguardava um retorno positivo da empresa após a entrevista. Já era por volta das 20h quando Larissa disse que não retornaria e dormiria na casa de um rapaz naquela noite. Uma hora depois, a mãe tenta um novo contato, mas o celular já estava desligado.
Desesperada, a família iniciou a busca pela jovem e divulgou o pedido nas redes sociais. Nesta quarta-feira (15) eles receberam a ligação de uma mulher, afirmando que havia socorrido Larissa naquela madrugada de domingo. “Foi aí que pedi ao vizinho a imagem das câmeras de segurança, vi que a blusa batia com a da vítima que fomos tentar identificar no IML, nesse momento eu já tive 98% de certeza que se tratava da minha irmã”, relata Alex.
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“Ela era inocente, não fazia mal pra ninguém, ela nunca saiu de casa e, quando saiu, confiou em alguém e fizeram isso com ela. A gente não imagina quanta crueldade existe no mundo. A minha mãe estava com esperança, mas quando contei que poderia ser minha irmã, tivemos que levá-la para o hospital porque passou muito mal. Estamos muito tristes e revoltados, queremos justiça, queremos achar o culpado”, desabafa o irmão.
E aí, Polícia?
O responsável por investigar o caso de Larissa Ferreira da Costa é o delegado Cassiano Aufiero, da delegacia de Almirante Tamandaré. A Tribuna do Paraná questionou a Polícia Civil sobre o andamento do caso, que respondeu estar investigando. “Mais detalhes e entrevistas não serão concedidas para não atrapalhar os andamentos iniciais das investigações”, disse a instituição por meio de nota.