Celebração

Missa neste sábado marca os 125 anos da Diocese de Curitiba. Relembre a história!

Foto: Henry Milleo / Gazeta do Povo / Arquivo

A primeira igreja fundada em Curitiba foi a Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, em 1668, na Praça Tiradentes e sua história fez parte da fundação da própria cidade. Apesar disso, a igreja católica no Paraná ficou sob jurisdição de outras dioceses até 1892, quando o Estado foi desvinculado e ganhou sua própria unidade territorial administrada por um bispo. Na próxima segunda-feira (30), a igreja comemora os 125 anos de instalação da diocese de Curitiba e da posse de seu primeiro bispo, Dom José de Camargo Barros.

Atualmente, a Arquidiocese de Curitiba é governada pelo seu oitavo bispo, Dom José Antônio Peruzzo – sexto arcebispo considerando a elevação da diocese à condição de Arquidiocese em 1926. Para comemorar este importante marco na história da Igreja Católica no Paraná, o arcebispo celebra missa neste sábado (28), às 9h, na Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.

A história

Na história, o Paraná ficou vinculado a quatro regiões antes de ter sua própria diocese. O contexto para a criação da diocese de Curitiba como a primeira do Paraná era de atraso na evangelização, devido, entre outros fatores, ao próprio crescimento populacional e a falta de novas paróquias e dioceses no Brasil.

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Imagem da missa de inauguração na Catedral de Curitiba. Foto: Arquivo da Diocese
Imagem da missa de inauguração na Catedral de Curitiba. Foto: Arquivo da Diocese

Um decreto do Papa Leão XIII de 27 de abril de 1892 criou então as Dioceses de Curitiba, Manaus, Paraíba e Niterói e elevou o Rio de Janeiro à Arquidiocese. O território da recém-criada Diocese de Curitiba abrangeria os estados do Paraná (desmembrado da Diocese de São Paulo) e de Santa Catarina (desmembrado da Arquidiocese do Rio de Janeiro).

A Diocese de Curitiba teve sua instalação canônica somente em 30 de setembro de 1894, com a posse do primeiro bispo, Dom José de Camargo Barros. A posse do bispo de Curitiba foi celebrada com procissão saindo da Igreja do Rosário em direção à então Igreja Matriz de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, tornada, a partir dessa data, Catedral Diocesana de Curitiba.

Depois de 125 anos, Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto, Arcebispo Emérito de Curitiba, que esteve à frente de nossa Arquidiocese de 1971 a 2004, sendo aquele que ocupou a função de pastor por mais tempo em nossa história, avalia que muita coisa mudou.

“Hoje a Pastoral é bem outra na cultura atual e, para ser bem sincero, houve uma evolução positiva da Pastoral muito mais comunicativa, participativa e unitiva com as Assembleias Gerais, Latino-Americanas, Nacionais, Diocesanas e Paroquiais. É verdade que os Meios de Comunicação modernos atingem mais facilmente a todos, nem sempre com mensagens cristãs, educativas e instrutivas para a juventude. A Igreja Católica encontra-se imersa nesta realidade moderna e deve manter-se fiel ao Evangelho de Jesus Cristo”, disse, em entrevista à revista Voz da Igreja.

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Ilustre personalidade da história do Paraná e da igreja, Dom Pedro Fedalto, como é conhecido, deixa uma mensagem de alegria e esperança a todos da Arquidiocese de Curitiba. “Que cada um se disponha a doar-se com seus dons para uma autêntica Evangelização, como afirma o Papa Francisco: “Uma Igreja em saída”. Mesmo com as cruzes presentes, como as do passado, à Diocese, hoje com 125 anos, faço votos que cresça sempre mais, acreditando que o Espírito Santo a dirige e fortalece com seus dons divinos”.

Dom Pedro Fedalto. Foto: Patryck Madeira / Arquidiocese de Curitiba
Dom Pedro Fedalto. Foto: Patryck Madeira / Arquidiocese de Curitiba

Mais ações

Além dos 125 anos da diocese de Curitiba, a Igreja Católica no Brasil realiza, sempre no mês de outubro, a Campanha Missionária que vai ser aberta durante a missa deste sábado. Neste ano, a campanha vai ser celebrada de maneira especial, pois a Igreja em todo o mundo foi convidada pelo Papa Francisco a viver o Mês Missionário Extraordinário. O objetivo é o de despertar, em maior medida, a consciência das missões entre as diferentes culturas e retomar, com novo impulso, a transformação missionária da vida e da pastoral das lideranças de cada Igreja local.

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