O Ministério Público tem até segunda-feira para decidir se vai oferecer denúncia contra Adriano Batista, 23 anos, Sérgio Amorim da Silva Filho, 22, Ezequiel Batista, da mesma idade, e Paulo Henrique Camargo Cunha, 25, suspeitos de matar Tayná Adriane da Silva, 14 anos.
Mesmo após a comprovação de que o esperma encontrado na calcinha da garota não pertence a nenhum deles, a promotoria não excluiu responsabilidade do grupo no homicídio. A possibilidade de crime sexual no caso não foi afastada. O MP-PR também investiga as denúncias de tortura contra os suspeitos dentro de delegacias.
“Temos dois crimes bastante graves, uma adolescente que perdeu a vida e rapazes que alegam terem sido severamente agredidos. É preciso ter cautela para responsabilizar as pessoas certas”, declarou o promotor Paulo Markowicz de Lima, que investiga os casos,com o promotor Ricardo Casseb Lois, de Colombo. O prazo da entrega da denúncia pode ser prorrogado. “As investigações complementares não têm o objetivo de descartar o trabalho da polícia, apenas refiná-lo”.
Indícios
O promotor afirmou que existem indícios da participação do quarteto no crime, mas não entrou em detalhes. “Não há nada que retire a validade do inquérito da Polícia Civil”. Ele disse que no inquérito constavam apenas as confissões dos suspeitos e depoimentos de testemunhas, mas não as provas periciais. “Os laudos do exame de DNA, da necropsia e do local de crime só chegaram às nossas mãos nesta sexta-feira”, alegou. Markowicz disse que até o momento, não existe outro suspeito.
Tortura
Segundo Markowicz, investigação das denúncias de tortura contra os suspeitos tentará descobrir se foram usadas para conseguir a confissão. “Porém, qualquer tipo de violência que eles sofreram, mesmo depois do fechamento do inquérito, é tratada pela lei como tortura, seja ela de autoria de policiais ou de outros presos”, afirmou Markowicz.