Alvo de várias polêmicas ao longo do último mês, o acampamento Marisa Letícia deve ser desmontado nos próximos dias. A razão para a saída dos manifestantes que apoiam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da região é justamente a chegada do frio curitibano. Segundo a organização do acampamento, a ideia é levar o grupo para casas alugadas e outros espaços próximos onde eles não fiquem tão expostos às baixas temperaturas.
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Em nota, a coordenação da Vigília Lula Livre informou que já está em processo de transição dos militantes para um local mais adequado, com melhores condições e infraestrutura. Segundo um dos responsáveis pela comunicação do grupo, Pedro Carrano, a intenção é permanecer na região do bairro Santa Cândida, próximo ao prédio da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Segundo o Instituto Simepar, o frio deve realmente chegar com força a partir da próxima semana, com temperaturas de 6º C já no domingo (30) — o que pode trazer as primeiras geadas do ano na capital paranaense. Contudo, de acordo com Carrano, o frio não foi a única razão que fez o grupo desmontar o acampamento.
“Esse deslocamento também serve para que os militantes não fiquem tão expostos. Tivemos aquele episódio de violência, com tiros, então vamos para um local onde esse tipo de absurdo não aconteça”, explica o militante. No último dia 28 de abril, o acampamento foi atacado por um homem armado, que disparou contra os manifestantes. Um deles foi atingido no pescoço e foi levado em estado grave para o hospital.
E, mesmo com a saída das barracas, ele destaca que as vigílias em frente à Polícia Federal vão continuar. “O acampamento vai ser desfeito, mas a vigília continua com atividades, atos políticos e recebendo quem vem visitar o Lula”, aponta. “As atividades vão continuar normalmente”.
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