Menos de 0,5% dos vacinados da covid-19 em Curitiba tiveram reações adversas no organismo ao imunizante, segundo a prefeitura. E a maioria dos casos foram eventos leves, de curta duração. “Isso confirma a segurança das duas vacinas que estamos aplicando”, enfatiza a médica Marion Burger, infectologista da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Marion explica que, conforme especificações técnicas tanto da vacina Coronavac quanto da Astrazeneca, há possibilidade de eventos adversos no organismo até três dias após a aplicação. Os principais são vermelhidão no local da picada, febre, cansaço e dor no corpo. “Se esses eventos forem leves, não há necessidade de se fazer nada de diferente além de uma compressa no local da vacinação se estiver doendo ou tomar um antitérmico ou um analgésico”, explica a infectologista.
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Se os sintomas desaparecerem até 24 horas após a vacinação, não há necessidade de buscar orientação médica. Se persistirem, a pessoa pode ligar para a Central da covid-19 da prefeitura no telefone (41) 3350-9000. Pela central, a pessoa vai receber orientações médicas e, se for necessário, encaminhada a uma unidade de saúde.
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A infectologista explica ainda que a sensação de mal-estar após tomar a vacina é justamente o organismo avisando que “entendeu” a mensagem de que terá de reagir caso seja atacado pelo coronavírus. “Esses sintomas são o corpo confirmando que foi apresentado ao antígeno e que, se for acometido pelo vírus, terá que reagir”, ilustra.
Vacinado e com Covid-19
A médica da prefeitura explica ainda que algumas pessoas mesmo vacinadas podem apresentar sintomas da própria covid-19. Isso porque a contaminação pode acontecer no período em que o imunizante ainda não está ativo, o que leva de duas a três semanas para acontecer. Além disso, há possibilidade de a pessoa já estar contaminada no momento da vacinação, só que ainda sem sintomas porque o coronavírus está no período de incubação no organismo.
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A médica da prefeitura também afirma que mesmo vacinada a pessoa pode contrair Covid-19. Isso porque o imunizante previne a forma grave da doença, não o contágio. Ou seja, se a pessoa estiver vacinada, pode pegar a doença, mas com chances muito menores de desenvolvê-la na forma severa, que leva à UTI e à morte. Porém, o risco de uma pessoa vacinada que contraiu covid-19 de transmitir a doença é exatamente o mesmo de qualquer pessoa infectada.
Por isso, a importância de se manter todas as medidas preventivas mesmo após a vacinação, com o uso de máscara, distanciamento de ao menos 2 metros de uma pessoa para outra, evitar aglomerações e higienização das mãos.