“Melhor que o de Tóquio”, defendeu Greca antes de aglomeração no pavilhão de vacinação

Foto: Átila Alberti

Antes de se formar a aglomeração de profissionais de saúde que foram se vacinar da covid-19 nesta quinta-feira (28), o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), elogiou a estrutura do pavilhão do Parque Barigui.

Em entrevista sobre a situação atual da pandemia à Gazeta do Povo antes de as filas se formarem no parque, o prefeito rebateu as críticas ao fato de a vacinação estar centralizada em um único local. E garantiu que o “pavilhão da cura”, como o próprio Greca chama o local, é melhor do que o pavilhão onde está sendo feita a vacinação em Tóquio, no Japão.

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“O criterioso pavilhão da cura do Parque Barigui não está errado. Ontem [quarta-feira] vi a vacinação no Japão, na cidade de Tóquio, e o meu pavilhão é melhor do que o de Tóquio. É mais bonito, é mais organizado e mais eficiente do que o de Tóquio. Calem a boca os que estão falando bobagem”, criticou Greca, antes de a aglomeração ser formada no parque nesta quinta-feira.

Muitos profissionais de saúde vêm cobrando o prefeito para que a vacinação seja feita nos próprios hospitais em que trabalham, o que seria mais prático por não exigir locomoção extra, até o Barigui. Consta no Plano Municipal de Imunização que a vacinação da Covid-19 pode ser estendida a outras dez unidades de saúde nos bairros assim que a campanha ganhar força e houver mais doses para a imunização da população em geral.

“Eu não quis atrapalhar a rotina dos postinhos, até porque alguns estão fechados porque estou usando esse pessoal para manter os hospitais de emergência. É a primeira vez que estamos usando uma vacina que requer cuidados, porque é uma vacinação emergencial”, explicou o prefeito à Gazeta do Povo o porquê de ter centralizado as aplicações no Barigui.

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Em entrevista à Tribuna do Paraná, a técnica de enfermagem, Lucineide de Souza da Maia, que atua no Hospital Erastinho, de tratamento de câncer infantil, chegou ao Barigui às 15 horas direto do plantão de 24 horas e se assustou com o tamanho da fila. “Deve ter umas 200 pessoas na minha frente. A fila está bem devagar e aglomerada onde não está chovendo. Onde trabalho, no Erasto, eles convocaram os funcionários para a vacinação hoje, mas não imaginei essa fila”, comentou.

Em nota, a prefeitura alega que mais da metade dos profissionais de saúde que agendaram a vacinação para quarta-feira (27) não compareceram, o que gerou o tumulto nesta quinta. Além disso, a chuva complicou a situação, com muitas pessoas se espremendo debaixo da marquise para se proteger.

Além disso, os profissionais de saúde alegam que quarta-feira o sistema do pavilhão não estava funcionando, o que obrigava os aplicadores da vacina a saírem da baia, andar por todo o corredor para chamar no grito a próxima pessoa a ser imunizada.


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