Alerta

Média móvel salta 800% e máscara anti-covid volta a ser indispensável em Curitiba

Curitibanos devem usar máscaras para evitar contaminação pela Covid-19. Foto: Átila Alberti

Com a nova onda de casos de covid-19, o uso de máscaras de proteção volta a ser indispensável para reduzir a circulação do vírus. O Comitê de Técnica e Ética Médica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) reforçou a orientação após avaliação dos indicadores epidemiológicos na reunião desta quarta-feira (23).

Em maio, a SMS lançou um Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social para Doenças de Transmissão Respiratória, entre elas a covid-19, o documento que segue vigente, recomenda e normatiza o uso de máscaras, principalmente para pessoas mais vulneráveis e em locais de aglomeração ou alta circulação de pessoas.

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Recentemente, com a alta de casos em todo o país, o Ministério da Saúde publicou a nota técnica 16/22, que reforça a recomendação do uso da barreira física – máscaras faciais – como medida de prevenção, a Secretaria da Saúde do Estado do Paraná (Sesa) também recomenda a medida em todo o estado por meio da publicação da Resolução nº 786/2022.

“Todas as esferas do poder público estão alinhadas na decisão da importância do uso da máscara, ao menos nesse momento que vemos os casos aumentarem com grande velocidade. A máscara é sim nossa grande aliada, para vencer mais essa onda”, orientou a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

Para pessoas com sintomas respiratórios que tenham necessidade de deslocamento ou em caso de contato com outras pessoas o uso da máscara é obrigatório.

Na última terça-feira (22), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a volta do uso obrigatório de máscaras dentro de aviões e aeroportos. A decisão foi tomada após reunião com especialistas e conselhos de classes médicas para análise do cenário epimiológico.

A SMS ressalta a importância de adesão da população às medidas orientadas pelas autoridades sanitárias e também de obter informações e orientações nos canais de comunicação oficiais de instituições de saúde e poderes públicos.

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“Desde o início da pandemia, nós lutamos contra a politização da doença e os usos equivocados de informações. Passamos por vários momentos seguindo a ciência, tenho certeza  que passaremos por mais esse adotando as orientações corretas”, disse a secretária. 

Análise do cenário

A média móvel de novos casos passou de 99 em 1º de novembro para 937 em 21 de novembro. Um aumento de mais de 800% em 20 dias.

Outro sinal de alerta é o número de pessoas em fase ativa da doença que passou de 449 para 8.069 no mesmo período. Embora, com boa parte da população vacinada, a grande maioria dos casos não se reverta em internamento e óbitos os indicadores exigem cautela e adoção de medidas.

“Quanto maior a circulação do vírus, maiores as chances de pessoas vulneráveis serem infectadas e, consecutivamente, de muitos internamento e óbitos. No último boletim, por exemplo, já anunciamos cinco mortes, não queremos que isso se mantenha ou piore”, explicou a infectologista da SMS, Marion Burguer.

Nova variante

A alta de casos de covid em todo o território nacional, está associada à nova subvariante da ômicron, a BQ.1, que já circula em vários estados, mas ainda não teve confirmação laboratorial no Paraná.

Com sintomas semelhantes às variantes anteriores, a BQ.1 não é de maior gravidade. E de acordo com o comportamento observado em outros países, ela tem em média cinco semanas de circulação em maior intensidade.

Prevenção

Aliados ao uso de máscara, a higienização frequente das mãos, ventilação dos ambientes e o distanciamento social também são medidas de grande eficácia para reduzir a transmissão das doenças de contágio respiratório. 

Além das regras de prevenção não farmacológicas, a infectologista ressalta a importância de manter o esquema vacinal contra a covid em dia. Com o perfil de mutação do vírus, todas as doses recomendadas são essenciais. 

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A consulta do esquema vacinal para grupo pode ser feita site Imuniza Já ou no Aplicativo Saúde Já. “As doses continuam disponíveis nas unidades de saúde e aqueles que ainda não completaram o ciclo vacinal devem buscar essa proteção”, orientou Marion.

Além, do público com doses em atraso a Saúde segue vacinando novos grupos, como os bebês nascidos entre nascidos entre 25 de novembro de 2019 a 30 de junho de 2020 com a primeira dose e a ampliação do segundo reforço para os nascidos em 1986 e 1987.

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