Pragas e doenças

Mato alto ou floresta baldia? Terreno “largado” irrita moradores do Cajuru

Foto: Colaboração/Arquivo pessoal.

“Eu vi uma girafa e consegui ver os olhos dela. Aqui virou um zoológico”, brincou uma moradora do bairro Cajuru, em Curitiba, ao relatar a altura do mato que invadiu casas ao lado. A situação constrangedora e perigosa que diariamente atrapalha a vida de vizinhos de uma casa abandonada na Rua Santo André é de preocupação quanto a doenças provocadas por insetos que ali vivem tranquilamente.

A brincadeira e o bom humor da Sônia Biniara ao relatar que uma girafa ficaria “de boa” no terreno ao lado de sua casa retrata bem o momento enfrentando por ela. O mato da propriedade do vizinho ultrapassou cerca elétrica, a trepadeira já está na churrasqueira situada a 6 metros de altura, e para piorar, ratos e aranhas tem espaço de sobra na vizinhança.

“Todo dia o mato cresce e ninguém faz nada. Já fiz vários pedidos para a prefeitura, e não tenho uma resposta concreta. O proprietário chegava a pedir para um rapaz cortar, mas com o tempo foi parando. Chegam a cortar o mato lá na frente de casa e a prefeitura acredita que está limpo, só que desde outubro do ano passado, não teve mais limpeza. O mato entrou pelo meu telhado pela churrasqueira, dentro de casa.  O nosso jardineiro ficou assustado com o tamanho do mato”, reforçou Sônia.

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O terreno ao lado só tem mato. Em 2008, existia uma casa que era locada, mas foi destruída. A partir de então, o matagal começou a dar as caras e a vizinhança notou que o perigo de doenças morava perto. “Tem rato, aranha, formiga, e quando chove, acumula água e vira foco de dengue. Meu marido chegou a conversar com o proprietário, isso faz tempo, e ele deu desculpa que tinha um enxame de abelhas e não encontrava um profissional para removê-las. É desesperador, não sei como os moradores do condomínio de casas ali do lado não se revoltam”, completou a vizinha.

Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

E aí, prefeitura?

Em nota, a Secretaria Municipal do Urbanismo (SMU) informou que a limpeza dos terrenos e imóveis, ocupados ou não, são de responsabilidade do proprietário. No caso do imóvel na Rua Santo André,389 (Cajuru), há um processo fiscalizatório em que o proprietário foi notificado para que providencie a limpeza do terreno e da área de passeio, sob o risco de receber infração (multa), caso não cumpra a determinação.

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“A Prefeitura vem atuando de forma multissetorial no combate ao mosquito transmissor da dengue. Entre as ações, a SMU está realizando uma ação concentrada de fiscalização iniciada no início deste mês de fevereiro, priorizando as solicitações de fiscalização feitas via Central 156 a partir dos bairros com maior incidência da doença. A ação já teve passagem pelo Cajuru”, diz parte da nota.

A prefeitura ainda comunicou que as ações de conservação e manutenção de responsabilidade dos proprietários dos imóveis estão: a limpeza, tanto na área de passeio como na área interna do terreno e da edificação; e a vedação no alinhamento predial (muro em alvenaria, grade ou tela) e em todos os vãos da edificação (portas, janelas, sacadas).

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