O Instituto Água e Terra (IAT), do governo do Paraná, divulgou um balanço sobre a recuperação da orla de Matinhos, no litoral do estado. A informação é de que 76,5% das obras estão concluídas. A previsão é de que a revitalização seja concluída no segundo semestre do ano que vem. O diretor-presidente do IAT, Everton Souza, promete que, para a temporada de verão de 2024 para 2025, moradores e turistas terão “uma nova orla em Matinhos”.

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A obra está sendo realizada em duas etapas pelo Consórcio Sambaqui, com valor total de R$ 500 milhões. A primeira fase, com orçamento de R$ 314,9 milhões, inclui serviços de engorda da faixa de areia; estruturas marítimas semirrígidas (espigão, headlands e guias-correntes); canais de macrodrenagem e redes de microdrenagem para evitar alagamentos nas ruas; além da revitalização urbanística da orla com o plantio de espécies nativas.

Espigão na orla de Matinhos. Foto: Albari Rosa/AEN

Os espigões, os headlands e os guias-correntes servem para preservar a areia que foi depositada na praia, mas também acabam se tornando pontos turísticos. “Vai ajudar na manutenção da areia para que daqui a uns 15, 20 anos não haja necessidade de se fazer uma nova engorda da praia”, avaliou Souza.

Presidente do IAT garante que obras estão no prazo

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Essas intervenções ocorrem nos 6,3 quilômetros que vão do Morro do Boi ao Balneário Flórida. Na segunda etapa, que ainda não tem previsão para ser iniciada, haverá a recuperação de um trecho de 1,7 quilômetro que vai do Balneário Flórida ao Saint Etienne. Também está prevista a instalação de equipamentos urbanos, como ciclovias, pista de caminhada e corrida, pista de acessibilidade e calçada.

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“Estamos dentro do cronograma e, pelo ritmo, posso dizer que até meados do ano que vem a obra estará concluída. A temporada de verão de 2024 para 2025 já será com uma nova orla em Matinhos para moradores e turistas aproveitarem ainda mais a cidade”, garantiu o diretor-presidente do IAT.

Orla de Matinhos. Foto: Albari Rosa/AEN

Veja em que estágio está cada parte da obra em Matinhos

  • Espigão da Praia Brava: 90%.
  • Guias-Correntes na Av. Paraná: 85%.
  • Guias-Correntes em Matinhos: 63%.
  • Headland no Balneário Riviera: 86%. Um headland é uma estrutura com a mesma função de um espigão.
  • Headland no Balneário Flórida: 86%.
  • Urbanização de Caiobá: 45%.
  • Urbanização dos balneários: 40%.
  • Plantio de restinga em Caiobá: 46%.
  • Macrodrenagem: 55%.
  • Tetrápodes produzidos: 4.364 (85%). Tetrápodes são peças de concreto para proteger o espigão da maré.
  • Tetrápodes lançados na Praia Brava: 340 (100%).
  • Tetrápodes lançados no Balneário Flórida:  681 (100%).
  • Tetrápodes lançados no Balneário Riviera: 681 (100%).
  • Tetrápodes lançados em Matinhos Norte: 469 (100%).
Mudanças na paisagem após as obras. Foto: Albari Rosa/AEN

Drenagem funciona como “veias”

O projeto de recuperação da orla de Matinhos começou a ser realizado em junho de 2022. As intervenções de microdrenagem, porém, só foram iniciadas quase um ano depois. “Costumo dizer que a microdrenagem são como veias que levam a água para grandes recipientes, no caso o Canal da Avenida Paraná, que está recebendo a macrodrenagem, e o próprio Rio Matinhos. É isso que vai fazer com que os alagamentos diminuam no município”, apontou o diretor-presidente do IAT.

Para o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro, esses serviços devem colaborar na diminuição das cheias que são rotineiramente registradas no litoral paranaense. “São 23 quilômetros de microdrenagem e mais de mil metros de macrodrenagem. Essas fases se completam, escoando a água que recebe do sistema da micro. A integração permite ganhar cota, caimento para a água com as canaletas em U. Tudo isso faz com que o escoamento para o mar seja mais rápido”, explicou.

Orla de Matinhos antes da obra, em setembro de 2020. Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná Lineu Filho/Tribuna do Paraná

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