Uma empresa que prestava serviços emergenciais nas escolas de Curitiba foi interditada na manhã desta terça-feira (3) pela Vigilância Sanitária por utilizar materiais médicos irregulares para uso emergencial em crianças. Durante a ação, que partiu de uma denúncia sigilosa do Conselho Regional de Medicina, duas pessoas foram presas pela Polícia Civil.
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Equipamentos com desinfecção vencida, agulhas e seringas descartáveis reutilizadas e medicamentos como soro e glicose com prazo de validade vencido foram encontrados na sede da empresa. O empresário e a funcionária foram presos e autuados por falsificação e corrupção de medicamento. A pena, na somatória dos dois crimes, vai de 12 a 20 anos de reclusão.
De acordo com a delegada Aline Mazatto, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Saúde (Decrisa), a esterilização de materiais médicos utilizados nas ambulâncias eram feitos de maneira irregular. “A manutenção da autoclave [máquina que realiza a esterilização] não era feita desde abril de 2019. Com total conhecimento de que os produtos não estavam devidamente esterilizados, eles colocavam esses materiais para serem usados nas ambulâncias”, explica a delegada.
Risco à saúde
De acordo com a delegada que acompanha o caso, a empresa mantinha as irregularidades com esterilização há aproximadamente dois anos. Aline Mazatto acredita que, com a divulgação do caso pela imprensa, os pacientes que tiveram problemas com o atendimento da empresa procurem a Polícia Civil para realizar uma denúncia. O estabelecimento foi totalmente interditado pela Vigilância Sanitária por tempo indeterminado.