Risco de contaminação

Máscaras são vistas jogadas nas ruas de Curitiba: como fazer o descarte correto

Máscara encontrada na Av. Anita Garibaldi, em Curitiba, contrariando orientações de descarte adequado. Foto: Gerson Klaina/ Tribuna do Paraná

Com o decreto que obriga o uso de máscaras para evitar o contágio por novo coronavírus em Curitiba, o descarte correto desse material preocupa. Nos últimos dias, tem sido comum encontrar máscaras atiradas nas ruas e jogadas de qualquer jeito nos lixos, tanto comuns como recicláveis. É uma prática que aumenta o risco de contágio para quem tem contato com elas. Por isso, o descarte correto deve ser praticado, tanto para as máscaras, como para outros materiais. Inclusive para não colocar em risco os profissionais que trabalham na coleta e separação do lixo, serviço considerado essencial no período de isolamento social.

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Não se deve jogar as máscaras na rua ou locais públicos, e sim, guardá-las (de preferência em saquinhos plásticos) e as levar para casa. No descarte em casa, os órgãos de meio ambiente e defesa sanitária recomendam que as máscaras sejam colocadas no lixo do banheiro, para que o material siga para o destino de descarte sem que haja manipulação humana. Também é recomendado que as máscaras sejam colocadas em duas sacolas plásticas, uma dentro da outra e amarradas, para que o material não escape. Deve-se, segundo orientação da defesa sanitária, estar escrito na sacola qual o tipo de conteúdo que há dentro, para evitar a manipulação.

Máscaras devem ser separadas dos demais itens do lixo das casas. Foto: Alex Silveira / Tribuna do Paraná

Outros materiais

Papelão, metal, plástico e outros materiais recicláveis devem ser descartados depois que ficarem armazenados em casa, de dois a três dias, como se esses materiais também estivessem em quarentena. Isso evita que os profissionais que manipulam o lixo possam ser contaminados, em barracões de reciclagem. De forma nenhuma as máscaras devem ser colocadas junto com o lixo reciclável.

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Já as máscaras de pano, que serão lavadas, devem passar por uma higienização com sabão ou podem ser deixadas de molho em uma solução de água com água sanitária. Depois, podem ser colocadas para secar, de preferência no sol.

Lixo em quarentena

Como forma de prevenção ao coronavírus, os materiais recicláveis coletados pelo Lixo que Não é Lixo, da prefeitura de Curitiba, estão passando por uma espécie de quarentena antes de serem separados. A secretaria de Meio Ambiente do município orientou as cooperativas para que, antes de os objetivos serem destinados à separação, que eles fiquem sem manipulação por 24 horas, a partir do momento que são recebidos. 

Conforme divulgado pela prefeitura, esse período é importante para que não haja risco de contaminação, uma vez que o vírus pode permanecer na superfície de alguns materiais por até 12 horas. A medida tem o objetivo de evitar que os catadores tenham contato com objetos que possam estar infectados.

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Os resíduos permanecem em pátios externos das associações que recebem os materiais. Caso não haja espaço adequado nas cooperativas, os recicláveis permanecem em espaços do município, como a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis da Fazenda Solidariedade (ACARFS), e são enviados aos associados do programa Ecocidadão após o período de “quarentena”. “É mais uma medida preventiva para proteger a saúde dos catadores, que fazem o manuseio desses resíduos”, explica o diretor de Limpeza Pública, Edélcio Marques dos Reis.

As orientações da Secretaria do Meio Ambiente para os catadores são que, além de aguardarem o período de 24 horas antes de manipularem o material, também usem equipamentos de proteção, observem distância de, no mínimo, dois metros entre eles, mantenham o ambiente arejado e não esqueçam de lavar frequentemente as mãos e usar o álcool em gel.

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