Proteção!

Aumenta procura por máscaras infantis na volta às aulas; veja algumas dicas

Foto: Arquivo Pessoal/Colaboração.

A volta às aulas está prestes a acontecer nas escolas privadas e públicas do Paraná. Com isso, muitas famílias já estão se preparando para ter o principal adereço para os estudantes: a máscara. Todo esse planejamento já fez inclusive com que a procura pelo acessório indispensável acabasse aumentando. E tem costureira que está até inovando, criando kits e buscando soluções práticas.

A psicóloga Fabiane Soares, 40 anos, está fazendo máscaras desde quando começou a obrigatoriedade do acessório. Ela contou à Tribuna do Paraná que viu, nos últimos dias, subir a busca pela proteção das crianças e adolescentes. “As pessoas começaram a se planejar, pois sabem que, com a volta às aulas, as crianças vão ter que usar mais de uma máscara por dia”, comentou. 

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Segundo Fabiane, desde quando começou a vender as máscaras, já passou por alguns períodos de muita procura. “Tiveram alguns ‘booms’. O primeiro foi quando teve a liberação para as máscaras de tecido, porque todo mundo queria e ninguém tinha. Depois, quando as pessoas começaram a sair para as ruas. No fim do ano teve mais um boom, que disparou de vendas, porque muita gente comprou para viajar. Agora por conta da volta às aulas”. 

Fabiane contou que a procura pelas máscaras infantis nem era tão grande. “Vendia poucas, era mais quando a mãe ou o pai queriam comprar para si e acabavam comprando uma para os filhos. De duas semanas pra cá eu tenho vendido basicamente só máscaras infantis. Tem famílias que estão encomendado dez máscaras de uma vez. A procura está grande, realmente”, contou. 

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Máscaras produzidas pela Fabiane. Foto: Arquivo Pessoal.

As máscaras produzidas por Fabiane, que são do modelo 3D, custam R$ 8 a de dupla camada de tecido e R$ 9 a de tripla camada de tecido. Além disso, ela também tem feito porta-máscara, que custa R$ 10. “Basicamente é um saquinho onde a criança deixa guardada a máscara limpa ou a suja, para poder trocar. Neste final de semana, fiz uns 40. Tem muitas encomendas de porta-máscara porque as escolas estão pedindo para os pais na lista”.  

Com a procura pelas encomendas em alta, Fabiane nem tem conseguido divulgar o próprio trabalho. “Tudo que tenho recebido vem dos próprios clientes, que indicam uns para os outros. Até por conta da demanda, tenho trabalhado só com encomendas mesmo, porque aí facilita o atendimento mais personalizado”.  O contato da Fabiane é o (41) 98490-8841.

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Até a mãe produzindo junto!

No caso da jovem Sandhy Antakli, que também tem produzido máscaras desde quando começou a orientação pelo uso desses acessórios, a produção está a todo o vapor. “Até minha mãe eu botei para me ajudar, porque não estava dando conta sozinha. São muitos pedidos e a maioria deles é para crianças, realmente. Embora ainda haja uma certa indefinição da volta às aulas, os pais já estão se preparando”. 

Sandhy disse que, da mesma forma que Fabiane, não tem conseguido fazer estoque. “Tem que ser por encomenda, mesmo. Os pais têm procurado pedidos com mais máscaras juntas. Tem gente que pede de três em três, mas acaba juntando tudo num mesmo pedido e acaba dando quase 20 máscaras”.  

Há quase um ano vendendo as máscaras, Sandhy deixou de fazer outros modelos e resolveu investir apenas no formato 3D. Segundo a jovem, é o que melhor se adequa ao rosto. “Inclusive para crianças, pois sabemos o quanto é difícil fazer com que a criança fique com a máscara no rosto, então tem que ser confortável, realmente”. 

As máscaras de Sandhy custam R$ 6 (com várias opções de tecidos) e os porta-máscaras são duas opções: R$ 8 o normal e R$ 15 o duplo. “O porta-máscara se tornou um item muito importante, principalmente para os pequenos, porque facilita e muito para a criança levar para a escola e manter o cuidado com a proteção”, reforçou. O contato da Sandhy é o (41) 98706-6503.

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Máscaras produzidas pela costureira Sandhy. Foto: Arquivo Pessoal.

Kit completo personalizados

A costureira Letícia Fromholz tinha até parado um pouco com a produção das máscaras, mas voltou com tudo por causa da volta às aulas. E voltou com novidade: os kits personalizados. “Tenho feito máscaras desde o começo da pandemia, mas agora me surgiu a ideia do kit personalizado. Acabei fazendo um primeiro, porque uma mãe pediu, mas divulguei e muita gente começou a procurar. Bombou”.

O kit do ateliê de Letícia consiste em um porta-máscara que tem duas aberturas, uma para as máscaras limpas e outra para as máscaras sujas, e quatro máscaras. “Além de ser impermeável, o kit facilita para guardar todas as máscaras, separando certinho. Tanto o porta-máscara como a máscara em si são personalizadas: podemos por nome, a série e até a logo escola”. O kit custa R$ 70 e o contato de Letícia é o (41) 99546-7756.

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Kit produzido por Letícia vem com quatro máscaras. Foto: Arquivo Pessoal.

Famílias organizadas

Como mostraram as costureiras, as famílias realmente estão se organizando. No caso de Rafaela Variani, que tem duas filhas, a preparação em casa foi ainda mais importante. “A escola orientou que cada uma tivesse, pelo menos, duas máscaras por dia. Então fomos atrás de personalizar e fazer de um jeito que ficaria mais fácil para elas também”.

Rafaela contou que, conforme a orientação da escola, as máscaras das turmas vão ser separadas por cor. “Cada uma terá duas máscaras para usar por dia, uma até o intervalo e outra após. Cada máscara de uma cor, até para o professor mesmo saber que a criança trocou mesmo”. 

Kit consegue separar as sujas das limpas. Foto: Arquivo Pessoal.

Além dessa organização por cor, Rafaela disse que mandou personalizar o porta-máscara com o nome das filhas e também com informações sobre qual é o espaço destinado às máscaras sujas e qual o espaço das limpas. “Fui atrás de um kit, realmente, que pudesse até ser mais em conta. Dessa forma, montando pelo nome e pelo porta-máscara, a própria criança consegue se organizar”. 

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As filhas, de 6 e 10 anos, que estudam em escola particular, voltam às aulas na semana que vem. Rafaela optou pelo retorno até mesmo pela questão emocional das crianças. “Final do ano passado as levei em uma consulta com pediatra e a própria médica disse que, se confiasse na escola, deveríamos voltar, ainda que de forma híbrida. Visitamos a escola, vimos como ficou, e sentimos confiança. Principalmente pela questão emocional mesmo, percebemos que seria realmente importante voltar”, comentou. 

A mãe enfatizou o alerta aos pais de que é importante que, mesmo com aqueles que já estejam acostumados ao uso das máscaras, reforçar essa questão. “Aqui em casa, independente de aula ou não, minhas filhas já tinham máscaras e sabem da importância de usá-las. Elas já não andam sem, mas cabe, nesse momento, nós reforçarmos a conversa com nossos filhos para que eles entendam que é pela segurança deles e nossa também”, explicou. 

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Filha de Tatiane já tem o kit completo para voltar às aulas. Foto: Arquivo Pessoal.

Mãe e professora: cuidado redobrado

No caso de Tatiane Lima, que, além de mãe, também é professora, a preparação foi ainda maior. Ela comprou um kit para a filha, outro para ela, e começou a organizar tudo. “Depois de todo este tempo em casa, dividida entre aulas online, trabalho remoto, criança em casa também online, enfim a esperança de um retorno. Queríamos voltar imunizados, claro, mas continuamos nessa expectativa”. 

A filha de Tatiane vai voltar para a escola, assim como a mãe, que precisa dar aula, mas com todos os cuidados necessários. “Com suas máscaras novinhas, álcool em gel na bolsinha, garrafinha própria com água, e toda orientação que pude passar a ela. Eu, professora, retorno na certeza que a escola estará recebendo seus kits, complemento com os meus e, claro, algo mais para meus alunos. Não sei bem ao certo como será esse retorno, só que Deus está no comando e a esperança de que dias melhores virão”.  

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