Marido ciumento mata a esposa com três tiros

O ciúme descontrolado de Reinaldo Marques de Almeida, 35 anos, chegou ao limite no final da tarde de ontem. Com um revólver calibre 38, ele matou a esposa Elaine Cristina Petrovski de Almeida, 32, com três tiros, na frente da filha mais velha.

Reginaldo fugiu da residência, na Rua Águas Marinhas, Jardim Boa Vista IV, em Campo Magro, em um Golf Vermelho e não foi localizado. O Instituto Médico-Legal só chegou no local cerca de quatro horas depois do crime, o que revoltou familiares e vizinhos.

Mesmo com as violências sofridas por Reginaldo, o casal estava junto há 13 anos. Nesse período, segundo parentes, não foram poucas as vezes em que Elaine tentou a separação, mas sempre optou pela união do casal, por conta das três filhas, de 5, 7 e 13 anos de idade.

Os vizinhos disseram que era comum ouvir os gritos da mulher e o barulho de algum móvel caindo ou pratos e copos sendo quebrados na residência. A polícia também sabia que ele era um homem violento, e que andava armado.

“Ontem (terça-feira) ela registrou boletim de ocorrência por agressão e disse que corria risco de morte, mas ninguém deu bola”, contou Mario Petrovski, pai da vítima.

Ele disse também que Reginaldo tinha ciúme doentio e a última confusão havia acontecido no sábado, quando eles foram convidados para o jantar de um político.

“Elaine contou que o casal estava com outras pessoas na mesa. Ela saiu para fumar e, quando voltou, já percebeu que ele estava diferente. Em casa, minha filha foi agredida na frente das filhas”.

Premeditado

Depois de registrar o BO, Elaine decidiu mudar-se para a casa dos pais e levou parte da mudança. Como Reginaldo sabia que a mulher iria chegar na casa por volta de 17h30, deu dinheiro para as filhas irem comprar doce.

No entanto, a mais velha não foi. A menina viu quando a mãe chegou em casa e foi surpreendida pelo pai que estava armado com um revólver. Foram três disparos que acertaram a cabeça, o peito e o ombro da mulher. A garota ficou abalada e teve que ser levada para um hospital.

IML

Familiares, vizinhos e até quem não conhecia a família já estava irritado com a demora do IML. O crime aconteceu às 17h30 e o corpo só foi recolhido quatro horas depois.

“Isso é uma falta de respeito, não só com o corpo, que ficou estendido na porta da casa, mas com a família, e até com a polícia que tem que ficar com uma viatura parada até eles chegarem”, reclamou uma vizinha da família.

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