Ainda não eram 9 horas da manhã, horário marcado para iniciar a Marcha para Jesus 2024 em Curitiba e já era possível ouvir um pequeno grupo de pessoas entoando o tradicional “Rei, Rei, Rei – Jesus é Nosso Rei”. “A gente entregou a situação do tempo para aquele que é o senhor do tempo”, disse o bispo Antonio Cirino Ferro, um dos organizadores do evento, sobre a previsão de chuva para o sábado (18). E ela veio, pouco mais de uma hora do início da caminhada que teve como ponto de partida a Praça Santos Andrade, e, mesmo assim, muita gente, munida de guarda-chuva, capas ou mesmo sem qualquer proteção contra a água continuou naquele que já é considerado um dos maiores eventos da comunidade evangélica mundial.
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O público de Curitiba foi uma demonstração da diversidade entre os religiosos que participam da Marcha. Ana Maria Rodrigues é um desses exemplos. Aos 94 anos ela participa sempre que pode, como disse à reportagem da Gazeta do Povo. “Sou presbiteriana e minha meta é Jesus. Nosso caminho deve ser esse e a minha vida eu entreguei totalmente a ele”, disse a advogada aposentada.
Os fiéis seguiram o trajeto, que passou pelas ruas Marechal Deodoro e Marechal Floriano rumo à Praça Tiradentes. Muita música, dança, coreografias e animação fizeram parte dessa primeira etapa, até o momento de oração, em que os participantes são convidados a se ajoelhar no asfalto para rezar. Em seguida, a Marcha seguiu curso passando pela Catedral Basílica de Curitiba, quando o Bispo Cirino saudou o Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo: “Ambos temos a mesma luta pela vida e pela família. Que ele receba os nossos cumprimentos e nosso abraço”.
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Por volta de 11 horas a chuva começou a cair mais forte e parte do público procurou marquises do comércio para se abrigar. Outras centenas de participantes não se abateram com a água e seguiram a Marcha. “Temos muita gratidão a Deus e também estamos aqui pelas pessoas no Rio Grande do Sul”, disse Fabiana Corrêa da Silva, membro da Comunidade Cristã de Curitiba. Ao citar o estado gaúcho, ela e o marido, Ademir Ferreira, referiram-se a uma das campanhas que fazem parte da Marcha em 2024. “Todos os anos arrecadamos alimentos que são destinados a comunidades terapêuticas, mas, nesse ano, com toda a tragédia que aconteceu no Rio Grande do Sul, estamos pedindo alimentos não perecíveis e leite, que serão doados aos irmãos gaúchos; as pessoas estão se mostrando muito solidárias”, explicou o bispo Cirino.
Pouco depois do meio-dia a Marcha Para Jesus chegou ao seu ponto final, no Centro Cívico, onde artistas de música gospel se apresentaram.