As fortes chuvas que castigam cidades do Paraná e de Santa Catarina nos últimos dias e que causaram o deslizamento de terra na BR-376, em Guaratuba (PR), com pelo menos duas mortes, além de pontos de alagamentos nos dois estados, podem ser explicadas por uma combinação de eventos meteorológicos, que são comparados a uma “máquina de fazer chuva”.

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“A grande quantidade de chuva que vem caindo sobre o leste do Paraná nos últimos dias pode ser explicada por uma combinação da circulação de ventos que estão ocorrendo em vários níveis da atmosfera, ao mesmo tempo. Em torno de 5 mil metros de altitude nós temos os ventos girando no sentido horário, é o vórtice ciclônico, em altos níveis, como nós chamamos em meteorologia. Ao mesmo tempo, nós temos ventos marítimos que estão injetando muita umidade sobre o leste do Paraná”, explica Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, em entrevista ao Bom Dia PR, da RPC.

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Segundo a meteorologista, sob estas condições é que uma “máquina de chuva” é formada. “Forma uma engrenagem, essa umidade toda que vem do mar é puxada pelo vórtice para níveis mais altos da atmosfera formando essas nuvens de chuva. É uma máquina, uma engrenagem que não vai parar agora. Nessa quarta-feira, essa ‘máquina de fazer chuva’ vai continuar atuando a todo vapor. E ainda há risco de chuva forte e volumosa sobre as mesmas áreas que estão encharcadas”, diz.

Vem mais chuva?

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De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), nesta quarta-feira (30), as taxas de instabilidade seguem elevadas no Paraná. Entre a Região Metropolitana de Curitiba e o litoral, as condições meteorológicas continuam muito parecidas com a dos últimos dias, com chuvas fracas a moderadas ocorrendo a qualquer hora do dia.

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“A instabilidade atmosférica prossegue no setor leste do Paraná. Com isto, algumas chuvas continuam ocorrendo na região entre a Serra do Mar e litoral, áreas onde as condições para queda de barreira por conta das chuvas são consideradas elevadas. No interior não há situação de chuva significativas no momento”, diz o meteorologista do Simepar, Fernando Mendonça Mendes. 

Somente ao longo de terça-feira (29), conforme o órgão, voltou a chover acima dos 100 mm em Antonina, e perto dos 50 a 60 mm ao longo da Serra do Mar.

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