O povo nas ruas

Jovem preso em protesto ‘Fora Temer’ é liberado após pagamento de fiança

Foto: Daniel Castellano

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O quarto protesto “Fora Temer” após a confirmação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) iniciou uma marcha pelo Centro de Curitiba por volta das 19 horas desta terça-feira (6). A concentração do ato, marcada para a Praça 19 de Dezembro às 17h30, se estendeu pois os manifestantes esperaram a chegada do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) para iniciar a caminhada, que teve como destino a Boca Maldita, tradicional palco de manifestações na capital paranaense.

Os participantes seguiram o comando do movimento social, que estava acampado em frente à sede do Incra, e começaram a andar pela avenida Cândido de Abreu, sentido a rua Barão do Serro Azul. Em seguida, convergiram para o Largo da Ordem, passando pelo Memorial de Curitiba. Depois, tomaram o caminho da rua Doutor Muricy, virando na rua XV de Novembro em direção à Boca Maldita, onde chegaram por volta das 20h20. Segundo estimativa da organização, cinco mil pessoas participaram do protesto.

Conforme constatou a reportagem da Gazeta do Povo no local, o MST fez um cordão de proteção em torno da passeata. Mas, no entanto, houve a presença de jovens mascarados, conhecidos como “black blocks”, mas que não chegaram a causar danos materiais mais sérios, apenas pichações, perturbação de sossego e pequenas depredações, segundo balanço do comando da operação da Polícia Militar (PM). Desta vez, ao contrário de protestos anteriores, houve policiamento acompanhando o ato do início ao fim.

Jovem é preso e ato se dispersa

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Foto: Daniel Castellano

O estudante detido na manifestação por desacato e dano ao patrimônio público foi liberado durante a madrugada de quarta-feira (07). A liberação do manifestante identificado como Felipe foi condicionada ao pagamento de uma fiança estipulada em um salário mínimo. Para arrecadar o valor, os advogados que acompanharam o estudante no Distrito Policial – pediram a colaboração de outros militantes.

Em um vídeo publicado no Facebook, Felipe agradeceu o apoio dos advogados e militantes que o defenderam. Ao ser questionado se continuaria participando de manifestações, ele afirmou que sim. “Não é isso que vai me impedir, não é qualquer policial. Eu vou continuar”, disse.

Segundo o major Alex Breunig, da Polícia Militar, Felipe foi detido na manifestação por ter danificado uma viatura da polícia e xingado insistentemente um policial militar. O major explicou que, de modo geral, o clima tem sido de animosidade dos manifestantes em relação à PM, entretanto, as ofensas acontecem de modo genérico. “Nesse caso em específico o policial foi ofendido pessoalmente, várias vezes”, afirmou.

Protestos anteriores tiveram pichação e depredação

Em um ato na quinta-feira (1º) passada, a passeata pelas ruas do Centro da capital deixou um rastro de ônibus, estações-tubo e prédios pichados, além das sedes da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e da Gazeta do Povodepredadas, e de bancos com vidraças quebradas. Ninguém foi detido.

No último domingo (4), os manifestantes foram até a sede do PMDB, partido do presidente recém-empossado, e picharam e depredaram o prédio.

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