Bandeira laranja

Manifestantes pedem reabertura de academias em frente ao prédio do Greca

Manifestantes fazem protesto em frente ao prédio do prefeito. Foto: reprodução / vídeo.

Após a secretária da Saúde de Curitiba Márcia Huçulak anunciar neste sábado (13) que a prefeitura vai decretar a partir de segunda-feira (15) bandeira laranja para o combate do novo coronavírus, um grupo de frequentadores e donos de academias fez um protesto em frente ao prédio do prefeito Rafael Greca na noite deste sábado, no Batel. Com a bandeira laranja, o funcionamento das academias será suspenso.

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As academias estavam autorizadas a retomar as atividades na capital, mas agora, com o novo alerta, vão voltar a fechar as portas. Elas tiveram as atividades suspensas no dia 19 de março em todo o estado do Paraná. Porém, as academias começaram a voltar a funcionar a partir do dia 1º de junho com o aval do governo federal, que incluiu no dia 11 de maio os centros de atividade física como atividade essencial.

PROTESTO EM FRENTE À CASA DO PREFEITO GRECA

Protesto em frente à casa do Prefeito de Curitiba Rafael GRECA, devido ao Fechamento das academias na próxima segunda-feira (15)#COMPARTILHA

Posted by VamosCuritiba on Saturday, June 13, 2020

Na noite deste sábado, o grupo de manifestantes que representava o setor de academias buzinavam e gritavam para que as academias não fechassem novamente. Alguns moradores do prédio do prefeito, que fica na Avenida Vicente Machado, no Batel, chegaram a atirar ovos nas pessoas que participavam do protesto.

Pelo Facebook, antes do protesto, Rafael Greca explicou que a bandeira laranja será adotada “a pedido do Comitê de Infectologistas”. Na postagem de sábado, o prefeito escreveu que aumentará as restrições a atividades diante do crescimento da pandemia de coronavírus, “por excessos infelizmente cometidos por pessoas sem instinto de sobrevivência, desrespeitosas com a Vida e a Saúde dos outros”.

Segundo a prefeitura, o crescimento do número de infectados era de 20 por dia durante 70 dias, pulou para 40 por dia em 15 dias e está em 60 por dia agora.

A Associação dos Centros de Atividade Física do Brasil (Acaf) explica que não organizou a manifestação. Segundo o presidente da instituição, Fernando Amaral, foi algo espontâneo que partiu dos profissionais da área, indignados com a forma que vem sendo tratados desde o início da pandemia. “As academias promovem a saúde e o bem-estar. O que Acaf tem feito é dialogar os os setores do poder público, ponderando que os protocolos de sanitização adotados pelas academias aqui em Curitiba são mais rigorosos que os internacionais, de países que já reabriram”, disse Amaral.

Ainda de acordo com o presidente, a prefeitura não leva esses protocolos em consideração para tomar as medidas de fechamento. “Desde que reabrimos, há duas semanas, depois de muita insistência e pedidos na justiça, fomos fiscalizados e só tivemos elogios por conta das medidas de segurança adotadas contra o contágio do coronavírus. Alunos também se sentem seguros ao ver todos os cuidados tomados. Diferente e outros setores que ficaram de fora da bandeira [alerta laranja], não há motivo para classificar academias como não essenciais”, reclama. “O movimento atual, com a reabertura, não representa nem 30% do que era. Nem de longe se tem aglomeração de pessoas que possa se associada ao aumento de casos e óbitos em Curitiba”, apontou Fernando Amaral.

Mais protestos

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas, por meio das redes sociais, convocou uma manifestação para esta segunda-feira (15), que deve ocorrer em frente a sede da prefeitura de Curitiba a partir das 14 horas. O movimento tem o mesmo objetivo que o das academias: pedir para que os bares e restaurantes não fechem as portas.

Segundo presidente da Abrabar, Fábio Aguayo, a noite de sábado foi muito triste e pesada para os empresários do setor. “Tenho tentando ajudar a prefeitura nos protocolos. Quando recebemos a notícia foi como uma punhalada em todos nós, aflorando todos os instintos primitivos e uma revolta no inconsciente”, disse o Aguayo.

Bandeira laranja

As restrições de atividades em consequência da bandeira laranja não atinge só as academias. Foram suspensos também as atividades de igrejas e templos religiosos, praças e parques públicos, todas as atividades de entretenimento, com ou sem música de forma eventual ou periódica (como teatros, festas e atividades correlatas), bares e clubes sociais e esportivos.

Terão restrição de horário o comércio varejista de rua, shoppings, galerias, centros comerciais, restaurantes, escritórios co-working, hotéis e pousadas e drive-in de filmes.


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