Um protesto que acontece desde meia noite desta segunda-feira (11), em frente ao centro de distribuição de combustíveis em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), pode deixar a capital sem estoque de combustível nos próximos dias. De acordo com o Sindicato dos Distribuidores de Combustíveis (Sindicom), o bloqueio não está vinculado ao sindicato. O local distribui 23 milhões de litros de combustíveis por dia. Alguns postos, inclusive, já estão sem algum dos combustíveis.
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Segundo Carlos Roque, superintendente do terminal, o protesto consiste em um grupo de pessoas bloqueando a entrada dos caminhões de abastecimento das empresas Raízen, BR e Ipiranga. “A informação que eu tenho é que são pessoas de outros estados, que não são filiadas a nenhum partido ou sindicato. Eles também não tem faixas”, explica Roque.
O superintendente explica que a reivindicação do grupo engloba por três motivos: protesto contra o governo federal, contra a política econômica nacional e contra o preço dos combustíveis. A reportagem, porém, não conseguiu entrar em contato com nenhum dos manifestantes.
Além de Curitiba, o centro de distribuição é responsável pelo fornecimento de combustível para diversas cidades do Paraná e de Santa Catarina. Os municípios podem apresentar baixos níveis de gasolina, etanol e álcool dos postos já no fim do dia da terça-feira (12), conforme estimativa do superintendente.
Para Roque, o primeiro estabelecimento a sentir o impacto do protesto será nas aeronaves do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais. “Imagino que, se nada for feito, amanhã ao longo do dia o aeroporto já pode ter desabastecimento”, avalia.
Para encerrar a manifestação, o Sindicom afirma estar entrando com medidas judiciais, por meio de ofício à Secretaria de Segurança Pública do PR solicitando “uso urgente das forças de segurança para o desbloqueio do acesso às bases”. O sindicato conta com o apoio da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Outros centros de distribuição no Brasil, como Paulínia (SP), Esteio (RS) e (PB), também foram alvo de manifestações nos últimos dias, mas, segundo o Sindicom, estão liberados no momento.
A reportagem entrou em contato com as assessorias da Raízen e da Petrobras, mas não obteve retorno.