Uma manifestação de amigos e familiares do jovem Caio José Ferreira de Souza Lemes, 17 anos, morto por um Guarda Municipal no dia 25 de março, ocorreu neste sábado (7), no Centro de Curitiba. A ação contou com cartazes pedindo Justiça e punição aos responsáveis. A morte doadolescente segue sendo investigada pela Polícia Civil.
Ana Fernanda Ferreira, irmã do Caio, esteve presente na manifestação. Segundo ela, é um pesadelo diário, mas que a união reduza falhas em abordagens policiais. “O Caio não foi o primeiro, e não será o último, infelizmente. Essa união que faça reduzir essa falha na segurança. Está sendo horrível, um pesadelo”, desabafou Ana.
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Já a amiga Gabriela Granato, que também acompanhou a movimentação deste sábado, a sociedade precisa cobrar os motivos que levaram os guardas municipais a não gravarem a ação que vitimou Caio. “Que os policiais utilizem os materiais que são fornecidos pelo Estado,pois todos ajudam a pagar por isso”, comentou Gabriela.
Relembre o caso
No primeiro momento, os agentes relataram em boletim de ocorrência que Caio teria tirado do boné uma faca de 25 centímetros e na tentativa de defesa, o policial atirou no jovem. Apesar de estarem com câmeras acopladas ao uniforme, as imagens não foram gravadas pela Guarda Municipal (GM).
Diante da repercussão no caso, um agente que estava na ocorrência procurou A Polícia Civil para mudar o depoimento. Na oportunidade, disse que a faca encontrada no local da ocorrência não era da vítima. Ela teria sido “plantada” após a morte do jovem.
Em outro depoimento, uma testemunha disse que Caio estava rendido e que fez “tudo que o policial pediu” quando foi morto.