17 anos depois

Mandante da morte de candidato a prefeito é condenado pela Justiça

Miguel Donha era candidato a prefeito de Almirante Tamandaré e uma das lideranças do PPS no Paraná. Foto: Arquivo

O Tribunal do Júri de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, condenou Azemir João de Barros a 16 anos, sete meses e 15 dias de prisão. Ele é apontado pela Justiça como mandante do assassinato de Miguel Donha, candidato a prefeito de Almirante Tamandaré, em 2000. Ainda cabe recurso da sentença.

Irmão de Cezar Manfron, prefeito que ocupava o cargo naquele ano, Azemir teria encomendado o crime porque a Donha seria um forte candidato contra a reeleição do então prefeito.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná, o Azemir contratou três homens para sequestrar e ferir o adversário político, como meio de intimidá-lo para que desistisse de se candidatar à prefeitura.

Sequestro e morte

Na noite do crime, Donha e a esposa deixaram uma festa de casamento em Santa Felicidade e foram rendidos quando chegavam em casa, em uma chácara de Almirante Tamandaré. O casal foi levado para Rio Branco do Sul e Donha foi baleado na perna. Ele foi abandonado em um local isolado e o ferimento acabou causando-lhe a morte.

Acusado de ser o autor dos disparos, Edson Farias, foi preso pelo crime, mas morreu em 2005, dentro do Presídio do Ahu. Antes de morrer, ele confessou à polícia que teria cometido o crime a mando de Azemir e que a motivação seria política. Disse que havia sido contratado para dar um “susto” em Donha.

Outro acusado de participar do crime também já morreu e José Geraldo Pereira, apontado como cúmplice do crime, foi condenado em 2014, mas se encontra foragido.

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