A passagem de um novo ciclone bomba pelo sul do Brasil afetou indiretamente o tempo em Curitiba. Se na segunda-feira (14) tivemos temperaturas perto dos 30 graus, nesta terça-feira (15) o termômetro não deve passar dos 19 graus. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) a queda nas temperaturas em Curitiba está de certa forma ligada ao fenômeno, que ficou mais forte e se distanciou da área costeira, mas que ainda pode gerar ressaca no litoral paranaense.
“O ciclone bomba está associado a uma frente fria, que passou pelo oceano e atrás dessa frente vem naturalmente um ar mais frio. O resfriamento é natural depois da frente fria, que sempre tem um sistema de baixa pressão associado”, explicou o meteorologista Samuel Braun. Segundo ele, o sistema de baixa pressão ganha o nome de ciclone bomba quando sua pressão atmosférica cai muito rapidamente.
Samuel explicou que o Ciclone Bomba está mais forte atualmente, mas a milhares de quilômetros da costa brasileira. “Na verdade ele está mais forte, mas bem longe e no oceano, o que não nos afeta mais. Tivemos uma frente fria, associada a esse ciclone, e ela não provocou muita chuva, o que as vezes acontece, só que houve uma mudança na direção do vento que produziu esse resfriamento e aumento de nebulosidade”, explicou.
Como o afastamento, portanto, entre esta terça e quarta-feira esse ar frio que estava predominando no leste do Paraná volta pro oceano e o ar quente retorna. “Por isso a temperatura se eleva”, ressaltou Braun. Na quarta-feira o Simepar aponta mínima de 12 e máxima de 27 graus.
Ciclone Bomba no Paraná
O termo ciclone bomba preocupa no Paraná, pois o último ciclone bomba que passou pelo Paraná, no final de junho, deixou um rastro de destruição, arrancou janelas de prédios em Curitiba e deixou muita gente sem energia elétrica.