O levantamento feito pelo movimento Unidos pela Vacina revelou que o maior obstáculo na imunização no Paraná está na comunicação. O projeto, que nasceu de uma iniciativa da empresária Luiza Helena Trajano, que comanda da rede varejista Magazine Luiza, tem o objetivo de vacinar até setembro todos os brasileiros contra a covid-19.
Para ajudar não só na comunicação administrativa mas também em uma campanha massiva de vacinação, o Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), junto com a agência Heads e a Excom se uniram para construir um plano de comunicação que ajude o estado a acelerar ainda mais a vacina.
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O desafio em comunicar foi citado pela maioria dos 399 municípios do Paraná. Em primeiro lugar, foi citada a compreensão do cronograma (45,8%), seguido de fake news (22,4%) e ausência de campanha (4,6%).
“Criamos boletins e informativos para empresários, municípios e população; estamos avaliando a pesquisa sobre como o paranaense enxerga a vacinação, graças ao apoio do Paraná Pesquisas, e criaremos uma campanha destacando os pontos mais importantes deste momento e das necessidades para vencermos esta batalha que é de todos nós”, explica Ana Amélia Filizola, diretora da unidade jornais do GRPCom.
O Grupo Paranaense de Comunicação é o maior grupo de comunicação do Paraná, formado pelos jornais Gazeta do Povo e Tribuna do Paraná, pelas rádios Mundo Livre FM (Curitiba e Maringá), Capital FM e 98 FM, e pela RPC e suas oito emissoras afiliadas à Rede Globo.
Comunicar para informar
A pedido do Unidos pela Vacina, o Paraná Pesquisas realizou um levantamento de dados por meio de entrevistas telefônicas com 1.080 habitantes com 16 anos ou mais em 60 municípios do Paraná durante os dias 29 e 31 de março de 2021. O resultado da pesquisa revelou que 7,5% dos paranaenses ainda não acreditam na eficácia da vacina.
A maioria que não acredita no imunizante é composta por homens jovens. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clóvis Arns, isso acende um sinal de alerta. “A imunização é a única maneira totalmente eficaz de acabarmos com o vírus. Por isso, o ideal é que toda a população seja vacinada, dessa forma cuidando da própria saúde e também da sociedade como um todo”, explica o especialista.
Para a Ana Amelia Filizola, o desafio da imunização em massa será vencido com a união do governo e da sociedade civil organizada. “Os problemas são inúmeros e, neste caso, a quantidade de vacinas é o principal gargalo, mas cabe a todos nós como cidadãos fazermos a nossa parte”, revelou.
O GRPCom não está sozinho na comunicação. “Todos os veículos de comunicação que forma chamados para apoiar imediatamente colocaram seus espaços disponíveis para divulgação. O que agradecemos muito. Espero que depois de passarmos por tudo isso, o legado que ficará será de uma sociedade mais sensível às dores de todos. Mas vamos em frente que o trabalho é enorme!”, finalizou.