A adolescente suspeita de abandonar a filha de nove meses em uma sorveteira, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, garantiu em depoimento à polícia que não teve essa intenção. Na versão da jovem, de 17 anos, ela garante que voltou 15 minutos depois para buscar o carrinho com a bebê, mas o estabelecimento estava fechado. O caso ocorreu na tarde de sexta-feira (3) e se tornou público quando os donos da sorveteria chamaram a Polícia Militar (PM), após desconfiarem do sumiço repentino da mãe.
O Conselho Tutelar de Colombo encaminhou a criança para uma casa de apoio da cidade, após ela passar por uma avaliação clínica na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. A bebê seguia abrigada na casa de apoio até a tarde desta segunda-feira (6).
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De acordo com as informações repassadas pela Polícia Civil (PCPR), a mãe teria contado que o motivo da confusão foi uma briga entre ela e o namorado, também menor de idade. Após os dois discutirem, a jovem foi até a sorveteria e pediu a sua mãe dela ir buscá-la. Segundo a polícia, a mãe da jovem teria dito que não iria. Com isso, a adolescente se desesperou e decidiu procurar alguém que pudesse lhe dar uma carona. Nessa hora, ela deixou o carrinho com a filha na sorveteria, prometendo que voltaria.
Ainda segundo a PCPR, os depoimentos de todos os envolvidos no caso serão enviados para a Vara da Infância e Juventude do Ministério Público. O Conselho Tutelar de Colombo informou que a bebê seguirá acolhida e não voltará para a família, até que o caso seja apurado. O delegado responsável pela investigação, por meio da assessoria da PCPR, explicou que não dará entrevista por se tratar de um tema com menores de idade.
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No domingo (5), o proprietário da sorveteria, Rafael Souza Camargo, havia dito que a jovem entrou no estabelecimento e avisou que outra pessoa passaria ali para buscar a menina. “Depois de 10 minutos, decidi ligar para minha esposa pedindo ajuda. Ela ficou chocada, pois está grávida de cinco meses. Aí acionamos a Polícia Militar”, disse Rafael, em entrevista ao portal G1 Paraná, naquele dia.
A investigação é mantida em segredo de Justiça.