O desaparecimento de João Rafael Kovalski, em 2013, deixou um grande vazio para a família. Poliana, irmã gêmea de Kovalski, também sofre com a ausência do menino. Desde o sumiço do garoto, ela não consegue comemorar as datas de aniversário.
João e Poliana completam 12 anos nesta segunda-feira (28) e esta será mais uma data sem festa para eles. João Rafael despareceu cinco dias antes de completar dois anos de idade e até hoje não há informações sobre o seu paradeiro.
Segundo a mãe, Lorena Cristina Conceição, apesar de a adolescente ser muito nova na época dos fatos, ela era muito apegada com ele. Lorena conta que sua filha tem momentos de recaída e que sempre pergunta onde está o seu irmão.
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“Até hoje a Poliana não quer festa de aniversário, tem horas que ela tem uma recaída, mas agora que ela já é uma adolescente ela começa perguntar sobre o João, sobre o que aconteceu, e não sei o que responder. Os dois eram muito apegados apesar de pequenos, até quando um deles ficava doente o outro também ficava”, relata a mãe.
Sem ajuda psicológica?
Lorena expõe a luta diária que enfrenta junto com seu marido Lucas na tentativa de continuarem fortes e com a esperança de que um dia a verdade apareça. Sem ajuda psicológica desde o desaparecimento do filho, ela conta que somente agora, após 11 anos, a assistência social do município entrou em contato para dar início ao acompanhamento psicológico da filha.
“Não tivemos acompanhamento com psicólogo, não temos condições, e só depois de 11 anos a assistência social entrou em contato para oferecer ajuda, agora a Poliana já iniciou o acompanhamento com o psicólogo, sei que isso ajuda, ela precisa muito”, conta, Lorena.
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Ainda de acordo com a mãe, conforme a filha crescia, as dúvidas sobre o paradeiro do irmão aparecia. “Ela foi crescendo e começou a perguntar onde estava o João. Eu não sabia responder, até hoje não sei o que dizer para ela. A gente cuida do filho com muita amor e carinho, e de repente, alguém tira de você, ou acontece alguma coisa. O que fizeram com minha criança? O que aconteceu? Não tenho essas respostas, como vou explicar para minha filha?”, desabafa.
A família vive tempos de insegurança. O trauma causado pelo desaparecimento do João Rafael, fez com que os tornassem superprotetores. “Até hoje vivemos uma insegurança, estamos assombrados, a Poliana mesmo a gente sufoca ela, a protegemos demais, ligamos pra ela a todo momento, na escola, porque temos medo, e isso também para meus outros dois filhos”, comenta.
Denuncie!
Como a população pode ajudar a polícia na resolução de casos como estes?
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) orienta que a população auxilie com denúncias anônimas repassando informações pelo 41-3224-6822, diretamente à equipe de investigação.