O Instituto Água e Terra (IAT) foi acionado para atender um macaco bugio encontrado machucado em Antonina, no Litoral do Estado. A espécie está na lista daquelas ameaçadas de extinção. O IAT foi comunicado através do Escritório Regional do Litoral e contou com o apoio de veterinários voluntários do Centro de Estudos do Mar (CEM).
O macaco apresentava queimaduras nas patas dianteiras e fratura exposta na pata traseira, necessitando de atendimento emergencial e especializado. Após ser resgatado, foi encaminhado pelo Setor de Fauna para Clínica Veterinária Escola da Universidade Positivo, em Curitiba, onde passou por exame de sangue e radiografia.
O primata apresentava uma ferida em uma das mãos, além de uma fratura de membro pélvico (tíbia). “Foi necessário anestesiá-lo para segurança do animal e das pessoas envolvidas, e instaurado tratamento para dor”, disse André Saldanha, médico veterinário especializado em animais silvestres.
Nesta terça-feira (05), macaco foi transferido ao Centro de Atendimento à Fauna Silvestre (CAFS) de Guarapuava (Centro-Sul), onde passará por cirurgia de reparação da pata lesionada e reabilitação pós-operatório.
O secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), Everton Souza, destaca o papel dos CAFS no atendimento à fauna vitimada. “Os animais vítimas de crimes ambientais ou de acidentes encontram hoje suporte no Estado. As universidades possuem equipe competente e recursos de primeira mão, o que aumenta as chances de poderem voltar ao seu habitat”, disse.
O Paraná possui, atualmente, cinco CAFS instalados em Londrina, Guarapuava, Cascavel, Curitiba e Maringá, além de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Ponta Grossa. “Essa rede de atendimentos visa sempre a reinserção dos animais na natureza. As estruturas hospitalares e a expertise dos técnicos que essas unidades possuem oferecem um suporte importante ao Estado na manutenção da fauna silvestre”, afirmou a chefe da Divisão de Fauna do IAT, Paula Vidolin.
O resgate!
O pedido de ajuda ao macaco partiu de um morador da comunidade do Rio do Nunes, em Antonina. “De acordo com o relato dele, o animal havia caído ou encostado em um fio de alta-tensão e estava machucado. Quando a equipe do IAT chegou ao local, identificaram que se tratava de um bugio, mas ele estava em uma mangueira, árvore que possui cinco metros de altura, dificultando sua retirada”, contou a chefe do Escritório Regional do IAT no Litoral, Rosângela Frega.
O IAT orienta que sempre que um animal ferido for encontrado é preciso buscar informações junto aos órgãos competentes, como o IAT (escritórios regionais) e a Polícia Ambiental. É fundamental passar o máximo de informações possível para receber a orientação correta de como agir e verificar a necessidade de encaminhar uma equipe de resgate.