Uma loja de Curitiba especializada em minicarros está fazendo um enorme sucesso. A fama é tão grande que até pilotos renomados de corrida estão procurando a empresa para comprar um brinquedo que os adultos também amam. Só para ter uma ideia, Felipe Massa vai receber um mini Fusca todo equipado, uma espécie de Herbie motorizado que relembra os filmes produzidos pelos estúdios Disney.

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A MiniCar Veículos, localizada no bairro Campina do Siqueira já embalou o fusquinha que vai chegar na casa do vice-campeão mundial de Fórmula 1 no fim de janeiro. Além dele, o curitibano Júlio Campos, político e empresário, é cliente da loja.

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Quem não lembra das peripécias do Fusca do filme Se Meu Fusca Falasse de 1968? Se o desejo de ter um minicarro é antigo ou mesmo uma forma de presentear alguém querido, a compra de um objeto como esse não é barato. Uma réplica do mini-Herbie conversível custa R$ 24.500 com todos os acessórios que podem ser colocados como se fosse sair de uma concessionária. Banco de couro, rádio, pedaleira dupla para o motorista e passageiro, motor 110 cilindradas com 3 marchas (primeira, neutra e ré), bateria elétrica, limitador de velocidade de 45 km/h, fibra de vidro e luzes. Existe também a possibilidade da compra de um usado.

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Fotos: Átila Alberti / Tribuna do Paraná.

Alfredo Périco, 50 anos, é o responsável pela MiniCar ao lado da esposa Lucy Mary e da filha Maria Eduarda. O miniaturista, profissional que faz miniaturas, começou no ramo em 2003 na locação de minicarros e percebeu que a procura por esses objetos estava crescendo. “Os clientes comentaram que precisavam de alguém para fazer a manutenção dos carrinhos. Eu só locava e percebi que poderia vender e arrumar. Já são quase 19 anos de loja e tivemos um crescimento muito grande nos últimos anos. Em 2020, com o começo da pandemia da Covid-19, acredito que tivemos um acréscimo de 70% no negócio”, disse Périco.

Brincadeiras na pandemia

A relação com o período da chegada do coronavírus foi uma das formas encontradas pelos pais ao terem os filhos dentro de casa. Brincadeiras que antes estavam esquecidas pelos mais velhos voltaram com as pessoas recolhidas nas residências. No caso dos minicarros, os filhos puderam brincar em chácaras e fazendas.

Com o carrinho nas mãos, os responsáveis conseguiram ensinar situações de trânsito aos pequenos. “As crianças estavam dentro de casa e os pais perceberam que as minimotos, os quadriciclos e minicarros iriam entreter a família. Fora que a criança começou a ter uma noção de transito como o PARE e o SIGA. Os condomínios têm suas regras e reforçamos que um adulto precisa estar perto. A segurança em primeiro lugar”, comentou Alfredo que faz o pedido para uma fábrica em Ibiporã, no norte do Paraná.

Caso alguém queira ter um minicarro semelhante ao veículo que roda pelas ruas, a Minicar fará essa intermediação com a fábrica. Na loja tem o Fusca das Princesas todo rosa e até um modelo Hot Rods – carros das décadas de 1910, 1920 e 1930.

Na rua não dá!

No começo de 2022, uma família de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, teve o minicarro apreendido pela Polícia Militar de Santa Catarina. A alegação é que o veículo não pode transitar em vias públicas ao lado de outros meios de locomoção. A devolução do Fusquinha só ocorreu por intermédio da Justiça. “ Todo o nosso veículo é para uso de lazer, nunca em via pública. Uma caminhonete não consegue enxergar o mini fusca. Alertamos sempre os nossos clientes quanto a isso”, alertou Alfredo.

De acordo com do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), esse tipo de produto não deve rodar nas ruas e nem mesmo em condomínios fechados. Adriano Furtado, diretor de operações do Detran reforça que é o uso é restrito a terrenos particulares. “Já pensou colocar o seu carro na mão de uma criança de 10 anos no condomínio? Não pode, né? Não pode em via pública e aí se enquadra os condomínios. É preciso ter registro, equipamentos e habilitação. Aliás, não adianta ser maior de idade para dirigir esse carrinho, pois é proibido nessas áreas. Se estiver habilitação, vai ser autuado por estar em um veículo sem registro. Se for menor de idade, multa por dirigir sem habilitação, sem registro e multa ao responsável por permitir a condução de alguém não habilitado”, reforçou Furtado.

Fique atento!

O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), em conjunto com a Polícia Militar, vem orientando os condutores de ciclomotores e cicloelétricos. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), nos artigos 120 e 130, estes veículos devem estar devidamente registrados e licenciados junto ao Detran para poderem trafegar em vias públicas abertas à circulação.

Um veículo que possui duas ou três rodas, tem motor de combustão de no máximo 50 cilindradas ou motor elétrico de até 4.000 watts ou 4kW e atinge a velocidade máxima de 50 km/h, é um ciclomotor. Além da necessidade de ser registrado e licenciado, o condutor deve ser habilitado na categoria A ou possuir a Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC). “O que acontece é que alguns tipos de veículos são vendidos apenas como bike elétrica, por exemplo, sem que o comprador saiba, devido às suas especificações, que aquilo se trata de um ciclomotor”, explicou o diretor-geral do Detran, Wagner Mesquita.

A bicicleta elétrica não necessita de registro e licenciamento. Os equipamentos de mobilidade individual como patinete e hoverboard também não necessitam de documentação.

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