Três locomotivas históricas, que já prestaram grandes serviços nos portos paranaenses, ganharão novos destinos a partir desta segunda-feira (27). Graças à convênios firmados pela empresa pública Portos do Paraná, uma delas se transformará em atração turística na Estação Ferroviária de Paranaguá, enquanto as outras duas poderão acumular mais alguns anos de atividade, dessa vez em passeios turísticos.

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A destinação só foi possível mediante a autorização das entidades reguladoras, que entenderam que o aproveitamento cultural ou comercial dos equipamentos será mais interessante do que a simples alienação dos bens como sucata.

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“Esse projeto foi construído entre o porto, a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) e a Prefeitura de Paranaguá. O objetivo é preservar esse patrimônio de forma adequada. As locomotivas serão reformadas e muito bem cuidadas, afinal são parte da nossa história e cultura”, disse Vinícius Mello, gerente de Administração na autoridade portuária.

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As três máquinas foram fabricadas pela Toshiba, no Japão, no início dos anos 1970. “Elas foram adquiridas na época pelo Departamento de Portos e Vias Navegáveis e são destinadas somente para manobras em pátios ferroviários com pequenos aclives”, explica Eduardo Scuissiato, diretor financeiro da ABPF, Regional Paraná.

Segundo ele, caso a restauração consiga instalar o freio automático, as duas locomotivas que seguiram para Curitiba poderão ainda ser utilizadas para tracionar um trem de turismo.  “Como contrapartida, a associação deve oferecer passeios educativos para alunos das escolas públicas do Litoral”, afirmou.

A doação dos bens exigiu o cumprimento de uma série de trâmites administrativos. “Fazia alguns anos que a Portos do Paraná tentava dar uma boa destinação, que não fosse para sucata. Procuramos a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), fizemos um projeto e conseguimos realizar a alienação necessária”, diz Régis Batista do Nascimento, coordenador de Patrimônio e Seguros da Portos do Paraná.

Com todas as burocracias vencidas, as partes se encarregaram de organizar a remoção. Um muro precisou ser derrubado e um guindaste com contrapesos foi instalado para erguer as locomotivas, que pesam cerca de 58 toneladas cada.

A operação durou o dia todo e envolveu diretamente 15 profissionais, da empresa pública e da prefeitura. O transporte foi feito em duas carretas de dez eixos.

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