Está em tramitação, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), proposta de lei que institui o programa “Curitiba, a Cidade Mais Limpa do Mundo”. A proposta, de autoria do vereador Nori Seto (PP), consiste em estimular a ampliação da malha de lixeiras públicas, por parte de cidadãos e empresários, que poderão disponibilizar lixeiras de uso público nos passeios da capital paranaense. A matéria foi apresentada em dezembro de 2022.

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Na justificativa do projeto, Seto argumenta que “Curitiba sempre foi conhecida como uma cidade de vanguarda, não só pelas soluções urbanísticas arrojadas, mas, principalmente, por ser uma das pioneiras a investir na preservação do meio ambiente como forma de entregar qualidade de vida aos munícipes. E para manter-se nessa posição de Capital Ecológica, precisamos aperfeiçoar nossas práticas nesse segmento”.

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Conforme a iniciativa, caberia ao Executivo determinar as dimensões e as características das lixeiras, além do quantitativo por logradouro público. Já o cidadão ou empresário que disponibilizar a lixeira seria responsável por sua instalação e manutenção, além do recolhimento e a destinação final dos resíduos. Em contrapartida, o participante do programa poderia usar a lixeira para divulgar seu negócio ou serviço.

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Também caberia ao Executivo regulamentar os anúncios publicitários que poderiam ser divulgados nas lixeiras. A participação no programa seria formalizada por meio de termo de parceria firmado entre o cidadão ou empresário e a Prefeitura de Curitiba, pelo prazo de dois anos. 

Nori, autor também do projeto que pretende instituir o Programa Permanente de Ecopontos, pontua que Curitiba possui legislações semelhantes. Ele cita a lei municipal 15.602/2020, que prevê a oferta, em ruas e parques da cidade, de lixeiras especiais para dejetos de animais, em parceria com a população.

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O autor reforça a importância das políticas municipais, para a preservação do meio ambiente, e de “trazer o cidadão para participar da administração pública, para que ele agregue ao coletivo”. Para Seto, a proposta poderá ajudar Curitiba a se manter entre as cidades mais limpas do mundo, reconhecimento alcançado em 2016 por programas como o Câmbio Verde, que troca lixo por alimentos, e devido às árvores existentes na área urbana, além do programa de reciclagem Lixo que não é Lixo, criado em 1989 pelo então prefeito Jaime Lerner.

Se aprovada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito, a lei entrará em vigor 90 dias após a publicação no Diário Oficial do Município (DOM).


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