Depois de ter prometido o fim das obras da Linha Verde para 2020 e, então, para 2021, e após um hiato sem novas previsões de datas de conclusão, a Prefeitura de Curitiba voltou a reforçar que os trabalhos no último lote devem ser encerrados até 2024. Caso a nova promessa se cumpra, 18 anos terão se passado desde o início dos trabalhos.
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O longo tempo se justifica, de acordo com a informação oficial encaminhada à Gazeta do Povo pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop) da capital, pelo fato de que as obras da Linha Verde, além de serem “uma intervenção de grande magnitude”, estarem sendo executadas “com a manutenção do fluxo de veículos que transitam na região”. A secretaria também destacou a grande extensão da obra. São 22 quilômetros com trechos que contam com 12 faixas de rolamento, subdivididos em dois grupos, Norte e Sul, cada qual com seus respectivos lotes.
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Atraso na Linha Verde gerou multa milionária
O atraso na entrega da obra gerou multas às empresas responsáveis pelos trabalhos. Em meados de fevereiro, a Prefeitura de Curitiba aplicou uma série de sanções ao Consórcio Estação Solar que, somadas, chegam próximas dos R$ 2 milhões. De acordo com as medições, o lote 4.1 da Linha Verde Norte, com cerca de 3 quilômetros de extensão na região do Atuba, ainda está longe de ser concluído.
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O consórcio assumiu as obras em 2019, após as antecessoras não terem conseguido progredir na construção do trecho, considerado pela administração municipal como o mais complexo da Linha Verde Norte. Porém, em 2021, o contrato com a Prefeitura foi rompido. Em agosto de 2022, uma nova contratação foi feita por parte da administração municipal. Seis meses se passaram e menos de 6% das obras foram concluídas.
“Com a graça de Deus”
No Twitter, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), afirmou que mesmo com as fortes chuvas que atingem a região da capital paranaense, as obras do complexo de viadutos e trincheiras no Atuba estão avançando. “Com a graça de Deus vamos concluir o último trecho da obra municipal de 22 km, com 12 pistas”, disse o prefeito. O custo total deste trecho, segundo o contrato em vigor, é de quase R$ 125 milhões – parte desses recursos vem do orçamento da Prefeitura, e o restante da União.
Segundo a nota da Smop, no local estão sendo feitos trabalhos de drenagem e aterro no trecho da Estação Solar. Além disso, estão sendo executadas a pista central e a camada de sub-base da pista central no trecho do Viaduto Alberico Flores Bueno. Outros destaques da secretaria são a “escavação para a conformação do talude e execução das vigas de coroamento na saída para São Paulo e a implantação das estacas hélice, além de serviços de terraplanagem no trecho do Trevo do Atuba. Também foram executados alargamento da pista e sinalização para execução das estacas e início de escavação para drenagem, além das perfurações dos tirantes que serão montados na cortina de contenção esquerda”, informa o órgão municipal.
O que foi feito em 2022?
A Smop aponta que, no ano passado, foi concluída a trincheira que liga a Rua Fúlvio José Alice, no Bairro Alto, à Rua Amazonas de Souza Azevedo, no Bacacheri, construída sob a Linha Verde. Depois de pronta, destaca a secretaria, “a estrutura viária formou um binário com a Rua Gustavo Rattman/José Zgoda, ampliando a ligação entre os bairros, dando maior fluidez ao tráfego e segurança para pedestres, ciclistas e condutores”. A trincheira e as obras complementares fazem parte do Lote 3.2 da Linha Verde Norte.
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A pasta, por fim, acrescentou que durante a gestão de Rafael Greca foram finalizados dois dos lotes da Linha Verde Norte. O 3.1 é um deles, e vai do Viaduto da Avenida Victor Ferreira do Amaral até as proximidades do Hospital Vita, em uma extensão aproximada de 2,46 quilômetros. O outro é o 3.2, com 2,8 quilômetros, que inclui a trincheira que liga a Rua Fúlvio José Alice, no Bairro Alto, à Rua Amazonas de Souza Azevedo, no Bacacheri.