Obras "eternas"

Linha Verde em obras é perigo para quem precisa atravessar a pista: “Dá medo, independente do horário”

Pedestres e passageiros de ônibus reclamam do perigo de atravessar a rodovia, na região com obras, na Linha Verde. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná

Passageiros de ônibus que usam um ponto da Linha Verde (BR-476), em Curitiba, na região das obras do trecho 4.1 Norte, no Atuba, reclamam do perigo de atravessar a rodovia para o embarque e desembarque. O ponto é bastante utilizado por trabalhadores de um atacadão na região. Para quem desce no sentido São Paulo, já sai na “porta” do trabalho. Mas quem vem do outro sentido, chega a demorar dez minutos para conseguir cruzar a Linha Verde, tendo que dar a volta pelo canteiro de obras. Fora o risco de ser atropelado.

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A chance de atropelamento existe porque o trecho em obras não conta com faixas de pedestres ou passarelas, e o sinaleiro mais próximo dali – com faixa de pedestre – fica a cerca de 850 metros de distância, no cruzamento com a Rua Alcindo Fanaya. Além dessa reclamação, os passageiros contam que o ponto de parada não tem cobertura de proteção adequada contra o sol e a chuva.

Ponto de ônibus na Linha Verde, na região das obras do Lote 4,1 Norte. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná

Medo de atravessar

Para a promotora de vendas, Erica Batista, 30 anos, que mora em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, e utiliza o ônibus da Linha Santa Cândida/Bairro Alto diversas vezes ao dia para ir e vir do trabalho, o pior transtorno é atravessar a pista.

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“Dá medo. Independente do horário, é sempre bem movimentado aqui. Realmente, é muito difícil de atravessar. Quando os carros estão espaçados, tem que dar aquela corridinha. Olhar, ver se não tem alguma moto vindo… É o momento em que a gente atravessa. Eu, às vezes, fico pensando se vou passar ou não”, diz a promotora de vendas.

 A promotora de vendas, Erica Batista, atravessa a Linha Verde para ir e voltar do trabalho ,Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná

A diarista Soeli Santos, 48 anos, também de Colombo, é outra que também encontra dificuldade para atravessar a área das obras. Ela passa a pé no local, pelo menos duas vezes por semana. No dia em que ela conversou com a Tribuna, na segunda quinzena de agosto, foram pelo menos dez minutos para conseguir atravessar só a pista no sentido São Paulo. A diarista ainda tinha que atravessar a outra pista para ir pra casa. “É complicado”, conta a Soeli Santos.

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Linha Verde Curitiba
A diarista Soeli Santos também encontra dificuldade para atravessar a área das obras. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná

Já o trânsito parece não ser um problema para o fluxo dos ônibus, segundo o promotor de vendas Gabriel Lacerda, 22 anos. Ele sai de casa, em Colombo, 5h30, pega dois ônibus para chegar no trabalho e desce no ponto em frente às obras do trecho Norte. “Nisso, o horário de pico tem sido normal, como sempre foi. Não que essas obras daqui, na Linha Verde, interfiram agora. Já foi pior, mas agora não afeta tanto”, relata Lacerda, que também usa a Linha Santa Cândida/Bairro Alto.

Gabriel Lacerda desce no ponto em frente às obras do trecho Norte. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná

Ponto de ônibus

A reportagem procurou a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), que informou já saber da situação da falta de cobertura do ponto de ônibus citado. Em nota, a Comec disse que “já está providenciando a reinstalação do abrigo junto à prefeitura de Curitiba e lembra que reclamações devem ser registradas na ouvidoria do site www.comec.pr.gov.br“.

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