A pouco mais de um ano para o fim de sua primeira gestão, o prefeito Gustavo Fruet precisa correr contra o tempo para cumprir todas as propostas de seu plano municipal de governo, divulgado em julho de 2012. Levantamento do Paraná Online mostra que onze projetos ainda não saíram do papel e correm risco de não ser realizados. Além disso, outras quatro obras foram descartadas.
De acordo com dados da prefeitura, referentes a julho deste ano, 94,9% das propostas foram realizadas ou estão em andamento. Os 5,1% restantes estão em alerta de execução ou dependem da chamada governabilidade externa, ou seja, não seriam de responsabilidade direta do município.
“Razoável”
O secretário municipal de Planejamento e Administração, Fábio Scatolin, considera a situação “razoável dentro da conjuntura nacional. Parte do que não conseguimos cumprir tem a ver com a crise”, avalia ele, que coordenou a elaboração do plano de governo de Fruet.
Orçamento
Outro fator que interferiu no andamento das propostas, de acordo com o secretário, foi a situação fiscal da prefeitura no início da gestão e as medidas tomadas desde então para regularizar o orçamento. “Em nenhum momento os balanços mostravam que o município tinha R$ 400 milhões em dívidas de curto prazo. Hoje estamos falando em uma despesa de custeio de R$ 2,8 bilhões, isso dá 20%”, explica.
Transporte e saúde
Quem utiliza o sistema de transporte coletivo ou circula pelas principais vias da capital já percebeu que os projetos de mobilidade urbana são maioria entre os que ainda não começaram a ser executados ou estão em andamento. Entre eles está a reforma do Terminal Guadalupe, construção do Terminal Tatuquara e conclusão da Linha Verde.
Outra obra muito esperada é a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Santa Felicidade, já que a comunidade é atendida pela UPA do Campo Comprido. “A gente precisa bastante e fica difícil ir até o Campo Comprido nos finais de semana”, comenta Ivete Morais Carvalho, 62. Ela vive nas moradias Veneza e conta que o assunto é debatido há anos. Além das emergências com crianças, sentiu falta de uma UPA perto de casa quando o marido sofreu infarto na madrugada, há alguns anos. A construção não está prevista. De acordo com a Secretaria Municipal de Planejamento, o município já atende os padrões estabelecidos pelo SUS sobre relação entre população e unidades de saúde.
Com o pé no chão
De acordo com o secretário Fábio Scatolin, a administração municipal pretende encerrar a gestão de Fruet com todas as obras licitadas. Além disso, a principal preocupação é garantir recursos do corte fiscal do Governo Federal. “Acreditamos vamos cumprir grande parte do que se comprometeu”, comenta.
Novo ciclo
“A expectativa é boa. Tem o ajuste fiscal, concluímos os investimentos pra Copa e estamos preparando o conjunto de investimentos para o novo ciclo da cidade. A população espera mais, mas às vezes tem que ter o pé no chão e fazer dentro daquilo que os recursos permitem”.
Ciclovia
A meta do prefeito Gustavo Fruet é implantar 300 km de vias para ciclistas (vias calmas, ciclovias, ciclorrotas, ciclofaixas e passeios compartilhados) até o fim do mandato.
Realizado
Até agora, 80,16 km já foram implantados: 6,7 km de vias requalificadas, 15,8 km de faixas desconectadas da malha cicloviária, 54,46 km de faixas da rede de ciclovias da capital.
É o seguinte!
Todo mundo vai apelar para a tradicional “é promessa de campanha…”, mas fazer obras hoje não é fácil. É falta de grana, burocracia, construtora que dá o cano, entre outras. Mas v,amos combinar: faltou planejamento, não faltou?
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