Um dia após Curitiba sofrer com alagamentos na cidade inteira devido ao forte temporal que atingiu a região nesta quinta-feira (21), a Secretaria Municipal de Saúde emitiu um alerta para o risco de leptospirose na capital. Em material divulgado nesta sexta-feira (22), o órgão orienta a população a ficar atenta aos sintomas da doença para poder identificá-la.

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A leptospirose é transmitida por uma bactéria presente na urina de rato e o risco de transmissão da doença aumenta em casos de enchentes e alagamentos. A bactéria que causa a doença, quando presente na água contaminada pela urina dos ratos, entra no organismo humano pela pele, boca e pelos olhos. É uma doença grave, com alto risco de contaminação e, que se não for tratada a tempo pode matar.

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Sintomas

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Os primeiros sintomas da doença podem ser confundidos com uma gripe. É comum a pessoa infectada ter febre, dor de cabeça, dores musculares. No avanço da leptospirose, pode aparecer a icterícia (pele amarelada). Quanto antes for feito o diagnóstico correto da doença, maiores são as chances de recuperação.

Ao se observar esses sintomas, a orientação é buscar atendimento em um posto de saúde imediatamente. “Ao relatar os sintomas ao médico, é importante o paciente também mencionar se teve contato com água das chuvas ou não”, explica o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Alcides Oliveira.

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Prevenção

De acordo com Oliveira, durante chuvas intensas, é importante evitar contato com a água de enchentes e se proteger usando luvas, botas ou sacos plásticos sobre os calçados para evitar o contato da pele com a água potencialmente contaminada.

Como se prevenir da contaminação da leptospirose:

– Ao circular por áreas que foram atingidas pelas chuvas e na limpeza das residências use luvas e calçados bem fechados e impermeáveis, preferencialmente botas longas e de borracha (pode-se até improvisar, cobrindo pés e pernas com sacos plásticos);

– Inutilize todos os alimentos que tiveram contato com a água das chuvas;

– Não leve a mão molhada à boca ou aos olhos, evitando que a bactéria penetre por lesões existentes na pele ou nas mucosas;

–  Lave bem os alimentos, especialmente frutas e verduras que serão consumidas cruas;

– Mantenha as caixas d’água sempre tampadas;

– Mantenha os alimentos guardados em recipientes bem fechados e à prova de roedores (em latas de vidro, alumínio);

– Retire as sobras de comida ou ração de animais domésticos antes do anoitecer e mantenha limpas as vasilhas;

– Não consuma frutas, verduras e legumes estragados ou com qualquer alteração de cor e aqueles que entraram em contato com a água de enchente; alimentos com cheiro, cor ou aspecto fora do normal (úmido, mofado, murcho);

– Não use água que teve contato com água de enchentes para atividades domésticas;

– Após as águas baixarem, a limpeza da lama residual das enchentes deve ser feita com o preparo de uma solução de água sanitária (hipoclorito de sódio) e água. Use 250 ml (1 copo) de água sanitária para 25 litros de água;

– Procure atendimento médico caso apareçam sintomas nos próximos 30 dias. Informe ao médico caso tenha tido contato com água e lama provenientes de enchentes.

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