Os moradores de Curitiba ainda lidam com os estragos causados pelas fortes chuvas que atingiram a cidade na tarde de terça-feira (28). No bairro Cajuru, por exemplo, alguns moradores ficaram mais de 15 horas sem água para limpar a lama de casa.
Antes da chuva, os moradores tiveram o abastecimento interrompido devido a uma obra da região. A previsão era de que o serviço fosse normalizado até a madrugada de quarta-feira (29), mas o retorno da água só foi se concretizar depois das 13h.
O Cajuru foi um dos bairros mais afetados pela tempestade que durou pouco mais de uma hora, segundo a Defesa Civil. Abranches, Jardim das Américas, Uberaba, Atuba, Bairro Alto, Tatuquara, Capão da Imbuia e Jardim Social foram outras localidades que registraram estragos.
No período, o acumulado de chuva foi de 63,6 milímetros de chuva – 34% do esperado para o mês de janeiro. As rajadas de vento chegaram a 68,4 km/h.
Estragos também na região metropolitana
Além de Curitiba, cidades metropolitanas também registraram estragos. Em Pinhais, os bairros Jardim Claudia e no Atuba tiveram ocorrências de alagamento. Em Colombo, além das enchentes, um muro desabou.
A estrutura faz parte do terreno de uma churrascaria tradicional do município, a Berckemback. O proprietário do local tinha acabado de chegar no estabelecimento quando escutou um barulho muito alto. “Estava fazendo chimarrão e já saí para ver o que aconteceu. O muro não era próximo da churrascaria e era antigo, tinha pelo menos 40 anos. Por sorte, ninguém se machucou”, detalha Valdir Berckemback.
No resto da semana, segundo o Simepar, a instabilidade permanece na região Leste do Paraná – que abrange Curitiba, região metropolitana e Litoral. “Nos Campos Gerais, Sudeste, RMC e litoral, o sistema alongado de baixa pressão em superfície continuará favorecendo os maiores acumulados de chuva. A disponibilidade de umidade e os efeitos do aquecimento diurno poderão resultar em pancadas isoladas”, explica o Simepar.
Conforme a Defesa Civil, novos estragos devido às chuvas não estão descartados. A orientação do órgão é monitorar o acúmulo de água e, em caso de perigo, deixar o local imediatamente. É possível pedir ajuda nos telefones 199 e 193.
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