Quem sofre é o povo

Ladrões furtam equipamentos de posto de saúde da CIC

Nem mesmo locais onde são prestados serviços à comunidade são respeitados por marginais na Cidade Industrial. No feriado prolongado, duas unidades de saúde foram arrombadas e vários objetos, até mesmo equipamentos médicos, foram levados, prejudicando o atendimento à população. Na semana anterior, a vice-diretora de uma escola foi agredida por assaltantes que levaram o dinheiro da rifa de Páscoa.

Um funcionário da Unidade de Saúde Vitória Régia, que preferiu não se identificar, contou que na madrugada de segunda-feira, os bandidos forçaram a maçaneta da porta dos fundos e entraram no local. Foram levados três monitores, dois computadores, um aparelho de glicemia e cabos de aço. “Prejudicou o atendimento, porque todas as salas tinham computador e foi preciso fazer remanejamento”, disse. Esse foi o segundo arrombamento da unidade. No ano passado, bandidos quebraram a janela da farmácia e também levaram computadores.

Desamparo

Para o funcionário, os arrombamentos começaram após os guardas municipais deixarem de fazer a vigilância das unidades, que se tornaram alvo fácil dos criminosos. “Antes, as unidades eram respeitadas, agora nem elas, nem escolas. A gente se sente acuado”, desabafou.

Nem a porta da unidade Taiz Viviane Machado foi poupada pelos bandidos. Durante o feriado eles a levaram, junto com cadeiras, bebedouro, torneira e uma bomba a vácuo usada em atendimentos odontológicos. Essa foi a quarta vez somente neste ano que a unidade foi arrombada.

Nos últimos dois meses, a unidade da Vila Barigui sofreu nove arrombamentos. A indignação e pedido dos funcionários e da comunidade estão estampados em uma faixa no portão: “Chega de roubos na US Barigui. Socorro!”.

Além da falta de segurança, funcionários reclamam que os equipamentos furtados não foram repostos. “Falta tinta na impressora, o vidro da janela continua quebrado, faltam computadores. Não temos como, por exemplo, fazer o encaminhamento para especialistas”, disse um funcionário, que não quis ser identificado por medo de represálias. Ele disse ainda que acredita que os bandidos não moram na região. “A comunidade nunca fez isso. Uma gangue viu que a segurança era deficiente e está agindo nas unidades”, considerou.

Espera

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde informou que foi solicitado reforço da Guarda Municipal na CIC. Além disso, foram instaladas câmeras de segurança dentro da unidade da Vila Barigui. Segundo a assessoria, foi enviado ofício para a Secretaria de Segurança Pública pedindo maior atenção para o bairro. Sobre a reposição dos equipamentos furtados, a secretaria informou que a empresa que faz a segurança das unidades é responsável pelos danos e que aguarda o reforço do policiamento para que os objetos não sejam levados novamente.

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