Às vésperas de mais uma eleição – chance de ouro que a democracia nos dá – nos vemos numa verdadeira sinuca. Temos que escolher aquele que tem menos rejeição, não o que representa a melhor opção. E no momento em que questionamos a índole, o passado ou os planos de futuro dos candidatos, deixamos muitas vezes de olhar para os pequenos (grandes?) problemas que nos cercam. É caso captado pelas imagens de uma câmera de segurança de uma loja de pesca de Ponta Grossa.
Na manhã do último sábado (15) o proprietário da Schirlo Pesca se surpreendeu ao chegar para trabalhar e perceber que várias de suas flores, plantadas com cuidado e carinho num “canteiro vertical” preparado por ele na parede externa do estabelecimento, foram roubadas. Ao acionar o sistema de segurança, flagrou o crime. A mulher mostrada nas imagens desce de um carro (que custa aproximadamente R$ 50 mil) por volta das 7 e pouco da manhã e simplesmente arranca as flores do vaso.
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O crime aconteceu no bairro Parque do Café, numa das esquinas com a Avenida Souza Naves, uma das mais movimentadas de Ponta Grossa.
“Como exigir de uns, tendo certas atitudes? Em um ano delicado com tantas críticas, incertezas, protesto, manifestações e indignações por conta de roubo dos cofres públicos a população não se contenta com o seu e entra na onda dos políticos tirando do próximo”, reclamou Lucas Schirlo, proprietário da loja. A indignação é maior ainda, pois as imagens mostram que o carro veio do bairro em que ele e toda sua família mora há décadas.
Ele lembra que o problema não é o preço do prejuízo – visto que as flores custam R$ 1 cada muda – mas sim a desfaçatez da mulher. “Mesmo sendo de uma coisa fútil, foi algo conquistado com trabalho e carinho. As plantinhas estavam em um ambiente agradável, pois estavam se desenvolvendo muito bem! Algumas pessoas perguntavam pelo preço das mudas mas era apenas para alegrar o ambiente”, lamentou.
Quando postou sua indignação no Facebook, o comerciante começou o texto com a frase que já se tornou um clássico. “O Brasil que eu quero…”. Poderíamos começar não roubando as flores do jardim alheio.
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