Mesmo armado, Antônio Cândido Soares, 53 anos, não conseguiu se defender e levou dois balaços, por volta das 11h30 de ontem, em Piraquara. Ele conversava com a ex-cunhada na portão da casa dela, na Rua Augusto Lúcio, Planta Santa Catarina, quando foi surpreendido pelo assassino. Parentes da vítima disseram que ele costumava arrumar confusão, quando bebia.

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A ex-cunhada da vítima Ivonete Gomes, 42, contou que o assassino apareceu a pé. “Eu ia oferecer R$ 1.500 para Antônio sair da região e dar um sossego para a gente, quando o rapaz puxou conversa com ele. Era alto, magro e moreno claro. Ele começou a fazer algumas perguntas e queria levar Antônio para fora de casa”, relatou Ivonete. A vítima não deu confiança para o rapaz, que atirou com um revólver.

Segundo a perita Solange Corte, do Instituto de Criminalística, Antônio foi atingido com um tiro na cabeça e outro nas costas. Ele correu até a garagem da residência, mas não resistiu aos ferimentos.

“Logo que eu vi a arma, também fugi para dentro de casa”, contou. Na cintura da vítima, a perita encontrou uma garrucha calibre 22, e, nos bolsos, cápsulas de calibres 22 e 32.

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Metralhadora

Apesar de estar separado, Antônio ainda morava com a ex-mulher por não ter dinheiro para se mudar. “Antônio nunca parava nos serviços, por causa da bebida”, disse Ivonete. Ela relatou que, na sexta-feira, a residência do casal foi metralhada e a mulher levou uma coronhada na cabeça. Um dos acusados do atentado, de acordo com Ivonete, foi morto em seguida pela polícia.

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O investigador Luiz Cidreira, da delegacia de Piraquara, apurou que, quando bebia, Antônio costumava atirar a esmo. “Ele achava que era o justiceiro da região”, disse. Antônio também ameaçava a ex-mulher de morte e ela já o havia denunciado à polícia. “Ele estava intimado a comparecer à delegacia”, acrescentou o policial.