Os manifestantes de movimentos favoráveis e contrários ao ex-presidente Lula, que ocupam o entorno da Superintendência da Polícia Federal, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, devem pagar uma multa diária de R$500 mil conforme decisão da Justiça do Paraná. São réus a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Partido dos Trabalhadores (PT/PR), Movimento Curitiba Contra Corrupção, Movimento Brasil Livre (MBL) e Movimento UFPR Livre.
- Acampamento pró-Lula em frente à PRF recebe apoio de voluntários e vizinhos
- Reitoria segue ocupada após falta de acordo entre UFPR e manifestantes
- Eleitor do Bolsonaro lucra com apoiadores de Lula em acampamento
“Diante do elevado número de pessoas existentes na área e com o intuito de dissuadir os réus – evitando, inclusive, a necessidade de medidas mais enérgicas, como, por exemplo, o uso de força policial –, compreende-se que o valor da multa diária deve ser estabelecido em R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para cada réu que descumprir a ordem judicial, e sem prejuízo de eventuais outras sanções cíveis e criminais aplicáveis”, informou o despacho assinado pelo juiz substituto da 3ª Vara da Fazenda Pública, Jailton Juan Carlos Tontini.
Nesta semana, a Prefeitura de Curitiba pediu para que o ex-presidente fosse transferido para outro lugar por conta dos transtornos causados. Além disso, a decisão tem por base o descumprimento do interdito proibitório concedido liminarmente à Prefeitura de Curitiba expedido no último domingo (8). O documento determinava que “os réus se abstenham de transitar nas áreas descritas na inicial, não impeçam o trânsito de pessoas e coisas na mencionada área, bem como se abstenham de montar estruturas e acampamentos nas ruas e praças da cidade”.
Desde a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diversas pessoas estão acampadas permanentemente no entorno da Polícia Federal. Por conta do movimento, alguns moradores procuraram a Tribuna do Paraná para reclamar da presença dos manifestantes contrários à prisão. A reportagem tentou contato os representantes dos movimentos, mas informaram que ainda não foram notificados da decisão.