Crime chocou Curitiba

Justiça decide que acusado de matar Rachel Genofre vai a júri popular

Menina Rachel Genofre, cujo corpo foi encontrado em uma mala na rodoviária de Curitiba em 2008. Foto; Arquivo

Carlos Eduardo dos Santos, acusado de matar a menina Rachel Genofre, em 2008, vai a júri popular por determinação da Justiça. A decisão é da juíza Mychelle Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri da Região Metropolitana de Curitiba, e saiu na quinta-feira (12). O réu já está preso por outro crime semelhante e o julgamento no caso de Rachel Genofre será por homicídio triplamente qualificado mediante meio cruel e ocultação do corpo, com chance de aumento da pena em um terço em caso de condenação.

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Ainda não há data para o júri porque a defesa de Carlos Eduardo ainda pode recorrer. A menina tinha 9 anos quando foi morta. O corpo dela foi encontrado com sinais de estrangulamento e violência sexual, dentro de uma mala deixada na Rodoferroviária de Curitiba. Raquel desapareceu após sair da escola onde estudava, no Centro, no fim da tarde de 3 de novembro de 2008.

O caso de Rachel chamou a atenção, na época, pelo modo cruel como ela foi encontrada e pela dificuldade na investigação, ocasionada pela falta de indícios que levasse ao suspeito. Embora houvesse dados genéticos coletados no corpo, somente 11 anos depois, em setembro de 2019, é que o Banco Nacional de Perfis Genéticos do Brasil obteve o DNA de Carlos Eduardo, após ele ter sido preso por outro crime. Assim, foi possível a comparação com as provas coletadas no caso de Rachel Genofre.

Carlos Eduardo dos Santos, assassino da menina Rachel Genofre. Foto: Mellanie Anversa / Gazeta do Povo / Arquivo

“Chegando ao fim”

Em nota, os advogados de Michael Genofre, pai de Rachel, informaram que continuarão acompanhando o decorrer do processo e manifestaram a “satisfação do seu cliente, Michael Genofre, de que enfim, esse longo e tortuoso período de incertezas em relação a esse caso esteja chegando ao fim”.

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Segundo a Justiça, o réu Carlos Eduardo deve retornar a unidade penal em Sorocoba (SP), onde já cumpria pena por outros crimes, sem qualquer prejuízo ao andamento do processo. Atualmente, o réu está em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.

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